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Bispo de Angra desafia Cristãos a fazerem da Quaresma um tempo de preparação para a missão

O bispo de Angra, que acaba de publicar a sua Mensagem para a Quaresma, desafia os diocesanos a viverem este tempo como “uma preparação para a missão”.

Na mensagem intitulada “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou(Gal.5,1)” D. João Lavrador afirma que a liturgia do tempo quaresmal identifica este itinerário de celebração cristã como um tempo que “convida à mudança de vida” que se materializa numa “ nova humanidade a edificar, num mundo novo a construir e numa Igreja a purificar”.

“A quaresma torna-se, deste modo, preparação para a missão. Isto é, anunciar pela palavra e pelos gestos a libertação que Jesus Cristo nos trouxe pela Sua Páscoa e torná-la presente no mundo atual” afirma o prelado insular que destaca o paradoxo em que vive a sociedade atual.

“A sociedade de hoje é sensível a tudo aquilo que vá contra a liberdade humana. Mas é a mesma sociedade que cria as condições para a guerra, para a forme, para a solidão, para o desespero, para a falta de sentido da vida e tantos outros males que atormentam o ser humano que dão azo a tantos emigrados, refugiados, desempregados, tiranias e excluídos” salienta o bispo de Angra.

Por isso, acrescenta, este é “um tempo para que toda a sociedade se reconheça nos seus males, nas suas chagas e misérias e se confronte com a presença de Jesus Cristo que uma vez encarnado na história dos homens jamais deixará de estar presente”.

“O Evangelho a ser proclamado é fermento de uma nova humanidade que realça a dignidade humana e confronta os poderes do mundo, a inteligência desamparada e o egoísmo instalado” esclarece ainda.

O prelado, que cita a Mensagem do Papa Francisco para esta Quaresma, sublinhando a importância de “olhar a criação com um olhar mais purificado”, recorda que neste tempo, de forma particular, a Igreja percorre os caminhos “para poder renovar-se, despojar-se e viver em profundidade o amor a Deus e aos irmãos”. E, elege as coordenadas deste caminho: “a escuta mais assídua” da Palavra de Deus, pela “oração mais intensa”, pela “ascese pessoal”, pela “celebração mais ativa e frutuosa dos sacramentos”, pelo “jejum e exercícios de despojamento” e pela “participação mais comprometida na comunidade cristã” que acabarão por levar à “verdadeira libertação” que “está no interior de cada pessoa”.

Na mensagem, D. João Lavrador anuncia que a renuncia que “todos somos chamados a fazer” ao longo da quaresma “deve converter-se em ajuda aos mais necessitados” e por isso o “contributo penitencial” da diocese insular atlântica “será entregue à Diocese de São Tomé e Príncipe, nomeadamente às Irmãs da Sagrada Família, no Príncipe, aos idosos do seu Centro de Dia e à Casa Betânia, que vivem com muitas carências”.

A Quaresma começa na próxima quarta-feira dia 6 de março.

DL/IA

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