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Autarquia de Ponta Delgada reforça importância da articulação na resposta aos comportamentos aditivos

© DL
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A vereadora da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Cristina do Canto Tavares, sublinhou a necessidade de apostar na articulação das entidades públicas e IPSS para responder ao fenómeno dos comportamentos aditivos, encontrando novas soluções para reintegrar as pessoas e reduzir o número de novos dependentes, segundo nota de imprensa enviada pela autarquia.

“Trata-se, efetivamente, de um fenómeno que a todos preocupa e alarma, para o qual é fundamental que nos articulemos, sejam os governos locais e regionais, instituições particulares de solidariedade social, e também, a sociedade em geral, para que avancemos, com empenhamento de cada um dos nossos setores, na necessária prevenção, redução de riscos e minimização de danos, no encontrar de meios de tratamento, com a finalidade de reintegrar estas pessoas”, afirmou, durante o I Encontro sobre “As Juntas de Freguesia enquanto suporte da comunidade: O seu papel no fenómeno dos comportamentos aditivos na Ilha de São Miguel”.

O encontro, organizado pela ANAFRE -Associação Nacional de Freguesias, decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Ponta Delgada, no passado dia 16 de novembro.

Para Cristina do Canto Tavares, citada na mesma nota, “este evento reveste-se de primordial importância para todos os presentes. Tenho defendido e temos apostado numa verdadeira articulação entre todas as forças vivas, sejam elas poder local, regional, instituições e técnicos. É nosso entender que aqui poderemos estabelecer pontes, fundamentais para um diálogo aberto, que resulte numa ação pedagógica, mas, atuante, face ao cenário dos fenómenos aditivos e dos comportamentos associados às dependências, que têm vindo a ganhar uma preocupante dimensão, em especial São Miguel, mas também nos Açores”.

A responsável autárquica explicou que “foi criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento e Coesão Social, formado por representantes de IPSS com sede ou delegação no concelho de Ponta Delgada”, referindo também a implementação do programa Housing First.

“Não estamos sozinhos no terreno e temos vindo a desenvolver trabalhos profícuos com as várias entidades. Um exemplo disso é um projeto que está em falta na ilha e que estamos a trabalhar com a Casa de Saúde de São Miguel, que é a criação de uma unidade de pós-tratamento. Uma residência comunitária de acompanhamento especializado e multidisciplinar destinada a oito pessoas”, que não queremos que caiam nas falhas do sistema, após o demorado e trabalhoso processo de recuperação”, pode ler-se.

Cristina Canto Tavares refere ainda um “projeto que irá permitir criar um conjunto de valências, que permitirão aumentar o número de espaços para a pernoita, alimentação, e higienização dos sem-abrigo do concelho. A nossa luta permanente é não desistir das pessoas e é com enorme satisfação que vejo que esta é uma missão de todos os que estão aqui presentes”, reforçou, na ocasião, segundo a mesma nota.

A vereadora com a tutela da ação social do Município de Ponta Delgada comunicou ainda que foi reativado o concelho municipal de segurança e reforçada a polícia municipal em mais 13 agentes.

Neste primeiro encontro, que pretendeu apoiar os presidentes das juntas de freguesia na gestão de situações relacionadas com comportamentos aditivos e na mitigação de possíveis alarmismos sociais, houve também uma apresentação de João Mendes Coelho intitulada “As Catinonas Sintéticas nos Açores” e um dia repleto de oficinas de trabalho, dinamizadas por equipas especializadas da Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, da Novo Dia, da Associação Arrisca e do Instituto da Segurança Social dos Açores,  que abordaram os temas da prevenção, redução de riscos, minimização de danos, tratamento e reinserção, lê-se ainda, na mesma nota.

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