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Assinado protocolo para requalificação das fábricas do álcool e do açúcar

© JF/GRA
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A Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública celebrou ontem, 11 de novembro, um protocolo de colaboração com a Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitetos “com o objetivo de definir uma estratégia de intervenção nas antigas instalações das fábricas do açúcar e do álcool”, segundo comunicado do Governo regional.

Este protocolo define que vão ser formados dois grupos de trabalho dedicados às instalações da Lagoa e de Ponta Delgada, com a coordenação independente da Ordem dos Arquitetos, explica a nota.

Este protocolo visa “também dar cumprimento às resoluções do parlamento açoriano, que há muito demandam um estudo estruturado e propositivo para as antigas instalações fabris”.

De acordo com o secretário regional, Duarte Freitas, citado na mesma nota, com a assinatura deste protocolo, pretende-se o “envolvimento da sociedade civil de forma a promover o debate público e ouvir a comunidade para que, dentro de um ano, sejam apresentadas propostas viáveis para a requalificação destes espaços”.

Para o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, a colaboração com a Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitetos representa um passo significativo para garantir que a requalificação destes espaços seja “realizada de forma independente e com o devido rigor técnico”.

No mesmo comunicado lê-se ainda que “esta ação insere-se na abordagem estratégica do Governo dos Açores que visa não só melhorar a gestão do património mas também reduzir encargos e abrir caminho para a alienação de bens que possam ser entregues ao setor privado, gerando receitas e revitalizando a economia local”.

Autarquia lagoense congratula-se por “mais um passo para se encontrar uma solução para a Fábrica de Álcool”

© DL

A Câmara Municipal da Lagoa, em nota de imprensa, congratulou-se por “ter-se dado mais um passo para se encontrar uma solução para a Fábrica de Álcool, situada na Lagoa”.

No mesmo comunicado, a autarquia lembra que “entregou, em setembro de 2023, ao Gabinete do secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, um dossier com todos os assuntos de interesse relacionados com a Fábrica do Álcool, onde constava uma planta de localização, a correspondência trocada com o Governo regional e a delimitação das áreas de reabilitação urbana”.

Lê-se ainda na nota que a presidente da câmara da Lagoa, Cristina Calisto, foi apelando junto do Governo regional dos Açores, “que o edifício devia ser cedido à edilidade, bem como dado apoio monetário que garantisse a sua manutenção, conservação e requalificação e adaptação à dinamização desejada pelo executivo lagoense. Foi, igualmente, realçada a necessidade de salvaguardar o património cultural da fábrica, principalmente pela sua forte relação com a história do concelho da Lagoa”.

Em 2017, através de um grupo de trabalho que foi nomeado para o efeito, refere ainda o município, “foi definido um conjunto de linhas orientadores para a afetação daquilo que pode ser o novo uso da fábrica”. As propostas de intervenção passavam pela criação de um núcleo museológico industrial; um espaço dedicado a indústrias criativas, mas também albergar outras valências que possam ser alvo de um concurso de ideias e projetos, nomeadamente um mercado municipal moderno.

Previa, também, albergar um conjunto de valências ligadas ao turismo, à restauração, habitação, num espaço com uma área de cerca de 10.000 metros quadrados (m2), lê-se ainda.

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