Água de Pau é terra fértil para cultivar mas a falta de mão de obra limita a produção
Em tempo de pós-colheitas de verão, fomos conhecer a história e produção de Valter Rebelo, agricultor de Água de Pau, que trabalha no setor desde os 11 anos de idade
Por ruas e atalhos da freguesia de Água de Pau, concelho da Lagoa, subíamos pelo caminho do Jardim, até terras férteis onde brotou muito fruto no verão. Valter Rebelo levava-nos até à sua produção. “Sessenta por cento da minha produção é batata. Depois tenho a batata doce, abóbora, pimentas. De verão temos melancias e meloas”, começa por contar, pelo caminho, o produtor de frutas e legumes. Até 2018, Valter Rebelo produziu “bastante” tabaco, mas teve de parar a cultura, depois de o cliente ter deixado de “comprar aos produtores de cá”. Essa cultura foi rapidamente convertida em hortícolas, nas terras de Valter.
Estamos em meados de outubro. As colheitas estivais já terminaram e os armazéns do produtor pauense estão cheios de batata. Cá fora, também são grandes as caixas cheias de abóboras. O ano foi de fartura, como pudemos confirmar, mal chegamos à produção.
Valter Medeiros começou a trabalhar na agricultura com o pai, quando saiu da escola, aos 11 anos. É o mais velho de cinco irmãos, dois dos quais também já trabalharam no setor. Valter é o único que continua. Tem terrenos para cultivo, maioritariamente em Água de Pau, mas que vão até às freguesias do Livramento e da Ribeira Chã.
Subscreva, apoie o Diário da Lagoa. Ao valorizar o nosso trabalho está a ajudar-nos a marcar a diferença, através do jornalismo de proximidade. Assim levamos até si as notícias que contam.
Deixe uma resposta