A secretária regional da Educação, Sofia Ribeiro, destacou ontem, 10 de fevereiro, a redução da taxa de abandono escolar precoce, de 27% para 23,2%, após cinco anos de “uma profunda estagnação dos valores na região”.
A governante refere que, pela primeira, os Açores registam “uma redução significativa de 14%”, relativamente ao ano anterior.
“Este é um valor que nos dá confiança para continuarmos com esta estratégia que temos vindo a desenhar”, referiu, destacando os dados do Instituto Nacional de Estatística relativos a 2021.
Sofia Ribeiro afirma que o Governo regional desenvolveu “um plano de recuperação de aprendizagens que se traduziu, não somente na redução de alunos por turma nas disciplinas laboratoriais, como também na duplicação do número de professores de apoio e que contribuiu para esta redução”.
De acordo com a titular da pasta da Educação, este é um caminho que a secretaria quer “continuar a prosseguir”, enquadrando-o com a Estratégia da Educação para a Década, já anunciada, e que se encontra em construção com os diversos grupos e representações políticas.
A secretária regional frisou ainda que o Governo regional não deve orientar-se apenas “por indicadores de fim de ciclo ou de todo um percurso escolar”.
“Um aluno é o resultado de um percurso e de um investimento por toda a comunidade escolar”, salientou.
Sofia Ribeiro considerou “fundamental definir metas intermédias”, em que logo no primeiro ciclo do ensino básico seja possível “perceber qual o grau de competência dos alunos”.
“Mais do que indicadores quanto ao sucesso final, precisamos de ir percebendo realmente os graus de competências adquiridas pelos nossos alunos, à medida que eles vão desempenhando o seu percurso educativo”, acrescentou.
Sofia Ribeiro realçou o ano de pandemia “particularmente exigente”, em que houve “várias escolas encerradas”, mas que não impediu a diminuição dos valores.
A governante referiu ainda que “pela primeira vez em vários anos”, a região “começa finalmente a convergir” com os números nacionais, agora em 5,9%.
A secretária regional acrescentou que, em conjunto com a secretaria regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, está a fazer o acompanhamento dos alunos quanto ao percurso de qualificação e formação.
“Estamos a construir um processo que permita um acompanhamento individual do aluno, para uma proximidade maior e para fornecermos maiores alternativas de formação que não vinham a ser prosseguidas”, revelou.
A taxa de abandono escolar precoce identifica a percentagens de jovens dos 18 aos 24 anos que não concluiu o ensino secundário, nem frequentam qualquer modalidade de educação e formação.
DL
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