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A Páscoa: caminho de vida e de esperança

© D.R.

Passados os dias da quaresma, onde durante 40 dias nos fomos preparando, deixando atitudes, gestos e palavras que não nos dignificam mas que apenas nos diminuem enquanto seres humanos e cristãos, eis que ressoa bem alto o anuncio da Páscoa do Senhor: O Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia, aleluia.

A Páscoa, centro de todo o ano e da vida cristã, é a festa da vida que faz brotar, em cada um, a alegria de quem é salvo por um Amor Maior. Este amor é demonstrado na maior prova que pode existir: Jesus deu a vida por nós.

Compadecemo-nos muito com a Sua Paixão e Morte. De facto, são episódios do caminho de Jesus ao encontro de cada um, são passos que Ele dá por amor de nós, que nos faz querer estar presentes. Tal como acontece quando morre um familiar e amigo. Marcamos presença na última despedida.

A vida não fica na Sexta-feira Santa, com a morte de Jesus. A Páscoa é vida. Nela celebramos a vitória da vida sobre a morte. Nela Jesus dá a sua vida humana, para que nós tenhamos a vida divina. Por Jesus, com Jesus e em Jesus, a vida não termina com o desaparecimento dos nossos corpos mortais. Para quem crê “a vida não acaba, apenas se transforma”. Passamos a estar com Deus e em Deus.

Jesus está vivo! É o que ressoa na Páscoa. Esta vida também simbolizada pelo comércio dos ovos e dos coelhos, tem o seu centro numa Cruz vazia, sinal da vida doada que brota do Amor generoso de Deus.

Desta vida nova, brota no coração de cada crente a esperança, em particular dos mais desprotegidos e dos que sofrem, que existe algo mais para além do sofrimento, da doença, das guerras e do abandono. Como nos diz o Papa Francisco “No meio das múltiplas dificuldades que estamos a atravessar, nunca esqueçamos que fomos curados pelas chagas de Cristo (cf. 1 Ped 2, 24). À luz do Ressuscitado, os nossos sofrimentos são transfigurados. Onde havia morte, agora há vida; onde havia luto, agora há consolação. Ao abraçar a Cruz, Jesus deu sentido aos nossos sofrimentos. E, agora, rezemos para que os efeitos benéficos daquela cura se espalhem por todo o mundo.”

Sem a ressurreição a Igreja nada mais é que uma multinacional e a fé um regulamento interno, que orienta as ações de cada cristão. Sem a ressurreição cada cristão é um repetidor oco de coisas passadas e de Jesus histórico que já não transforma a nossa vida nem nos convence a viver o Seu mandato: “Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu vos fiz, vós façais também” (Jo 13,15).

A todos desejo uma feliz e santa Páscoa, do Senhor vivo e ressuscitado.

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