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Ribeira Grande distinguida com “Marca Estrela”

© CMRG

A Ribeira Grande foi considerada “Marca Estrela” e conquistou o terceiro lugar regional na sétima edição do “Portugal City Brand Ranking”, da Bloom Consulting, anunciou hoje, 10 de fevereiro, a autarquia ribeiragrandense.

De acordo com a nota de imprensa enviada às redações, a distinção foi entregue em mão, pelo diretor-geral da Bloom Consulting, Filipe Roquete, ao presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio.

Através da análise de desempenho das estratégias de marca de todos os municípios portugueses nas variáveis de: dados estatísticos, medição de pesquisas e desempenho online de todas as plataformas e redes sociais dos municípios, a consultora constrói o “Portugal City Brand Ranking”. As estratégias de governação municipal nas dimensões em análise – atração de negócios, qualidade de vida e a atração de turistas – colocaram a Ribeira Grande na lista oficial das melhores cidades. A atribuição do prémio “Marca Estrela” destaca a maior subida a nível nacional, tendo a Ribeira Grande subido 28 posições face a 2021, alcançando o 130º lugar entre 308 municípios.

Alexandre Gaudêncio agradeceu o reconhecimento e referiu que é fruto do trabalho desenvolvido nos últimos anos, no seguimento de uma visão estratégica. Segundo o autarca, “o município pretende consolidar a sua posição, como destino turístico, reforçando a oferta cultural e apostando em eventos que tragam dinâmica à economia local, assim que a situação pandémica o permitir.”

Para o diretor da Bloom Consulting, “em plena pandemia a Ribeira Grande destacou-se pela atratividade turística, subindo 35 posições naquele parâmetro, face a 2020, estando lançadas as bases para a cidade e o concelho se afirmarem cada vez mais nesse setor”.

Segundo Filipe Roquete, “a questão da marca territorial conheceu grandes mudanças nos anos mais recentes e o paradigma municipal passou de uma quase ausência na vertente turística, para um planeamento baseado numa estratégia, consolidado numa visão de futuro.”

DL

(in) segurança das populações

Frederico Sousa
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lagoa

Torna-se óbvio que as alterações climáticas são uma realidade e que só conseguirão ser mitigadas através de políticas de incentivo à redução de emissões de gases nocivos para a atmosfera e uma redução da pegada ecológica nas mais diversas áreas. O facto é que temos assistido nos Açores a um intensificar de fenómenos atmosféricos adversos que colocam em causa a segurança das nossas populações.

Há cerca de dois anos assistimos à tragédia que foi a passagem do furacão Lorenzo, provocando elevadíssimos prejuízos e enormes constrangimentos, principalmente para quem vive no grupo ocidental. Esse foi um dos muitos avisos que a natureza nos deu, e que felizmente não teve vítimas a lamentar, algo que teria elevado o grau de devastação para um patamar inimaginável, pois muitos de nós ainda tem bem presente algumas das tragédias que ocorreram nos Açores, decorrentes de causas naturais, que lamentavelmente ceifaram prematuramente vidas humanas. Na minha opinião, o facto de nesse caso “só” termos a lamentar prejuízos materiais, deveu-se em muito à existência de um conjunto de instrumentos e planos regionais de planeamento do território, que previnem os impactos de fenómenos naturais, mas também a uma rápida ação do anterior Governo Socialista, que soube na altura, em articulação com diversas entidades, minimizar o impacto dessa tempestade.

Ora, recentemente temos assistido a fenómenos de forte pluviosidade que têm provocado incidentes relacionados com deslizamento de terras, derrocadas e cheias, atingindo não só vias de comunicação essenciais, mas também atingindo zonas urbanas, colocando em causa a segurança de pessoas. Esses incidentes, têm como principais causas, por um lado, as más práticas diárias na manutenção de linhas de água desimpedidas, por outro lado, uma utilização excessiva de solos para pastagem em altitude. Assim, a necessidade de ajustes nas práticas agrícolas, da diversificação de utilização do solo e a criação de regueiras naturais aquando da lavragem do solo para promover a drenagem para poços absorventes e\ou para as linhas de água existentes, podem ser medidas eficazes na prevenção de saturação dos solos. Torna-se ainda necessário proceder-se a médio prazo ao ajuste no planeamento e ordenamento do território, privilegiando o regresso à florestação, com espécies endémicas, principalmente em altitude, promovendo a retenção de águas e evitando o perigo de deslizamento de terras. Outro aspeto essencial é garantir de imediato que as linhas água são novamente mantidas desimpedidas, evitando práticas de obstrução e tapamento de linhas, aconselhando-se inclusive ao reforço da utilização de novas tecnologias para a monotorização e aviso em caso de subida do nível nas ribeiras.

Só conseguiremos garantir a segurança de pessoas e bens com a conjugação de ações e articulação entre diversas entidades. Paralelamente a responsabilidade também é individual, nomeadamente na prevenção ativa da manutenção das linhas de água, que devem estar livres e limpas, já que ações de poucos podem contribuir para insegurança de muitos.

Artigo de opinião publicado na edição impressa de fevereiro de 2022

Biblioteca de Ponta Delgada promove sessões de contos

© D.R.

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, irá acolher na sala infantojuvenil da instituição, a partir de 16 de fevereiro, a realização da “IGUAL – Hora do Conto”.

A iniciativa, com periodicidade semanal, irá decorrer sempre às quarta-feiras, pelas 15h00, e será uma prática regular, no sentido de desenvolver o prazer da leitura, resultante, numa primeira etapa, da simples satisfação do gosto pelas histórias que, lidas ao jeito de quem as conta, visam despertar a imaginação dos ouvintes/leitores, aguçando a lógica e ativando a memória dos mais novos.

Nas sessões da “IGUAL – hora do conto”, terão especial enfoque as histórias que permitem dinâmicas de promoção da igualdade, com vista à construção de uma sociedade igualitária e inclusiva.

A entrada é livre e para maiores de seis anos.

A iniciativa da secretaria regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, por via da Direção Regional da Cultura, foi elaborada em conjunto com a UMAR – Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres.

DL

135.º Aniversário da Sociedade Filarmónica Estrela D´Alva

Uma Instituição que faz por preservar a Fraternidade, Inclusão, Formação e Promoção do Património cultural, Memória Social e Identidade de um Povo!

António Augusto da Ponte Borges
O Presidente da Assembleia Geral
da Sociedade Filarmónica Estrela D’Alva

As Filarmónicas devem ser vistas predominantemente como Bandas Comunitárias e centros de socialização locais. Interrelacionais, facilmente nelas se podem encontrar sentadas três gerações: avós, filhos e netos; desde há muito que a igualdade de género é seu apanágio, não distinguindo entre homens e mulheres; são centros de acolhimento universais, sempre disponíveis para receber músicos mesmo de fora da sua terra. Finalmente, podem ainda ser vistas como escolas de democracia, já que é essa a sua linha principal de gestão interna. Refletindo a sua longa e importante inserção nas comunidades, as Filarmónicas intervêm nas festas religiosas e seculares, comemorações de dias nacionais e dias da cidade, receções a entidades oficiais e ainda concertos diversos.

Sendo a Lagoa um concelho muito caraterizado pelo associativismo cultural na preservação e divulgação do património artístico e cultural, a comemoração deste Dia não só traz consigo uma profunda tradição musical como pretende incentivar a retoma da atividade das bandas filarmónicas, muito penalizadas pela pandemia do Covid-19.

É sempre uma grande honra, assinalar a passagem de mais um Aniversário, desta Instituição Musical de grande prestígio, que como sabeis possui um legado musical de enorme valor cultural e patrimonial.

Ao longo da sua história, A Sociedade Filarmónica Estrela D´Alva, foi uma autêntica escola de valores, de gerações que ao longo dos seus 135 anos, soube promover a sua cultura na arte Musical, que contribuiu de uma forma inegável para o engrandecimento e valorização do Nosso Concelho da Lagoa, Ilha de São Miguel e dos Açores.

Mais de que uma Filarmónica, uma das imagens de marca da Estrela D’Alva, é ser um centro de excelência de formação para jovens iniciantes, essa mesma formação prima pela sua continuidade ao longo dos anos, fruto disso mesmo são os inúmeros músicos formados por esta Instituição, e que presentemente optaram por incorporar outras Filarmónicas, onde mostra a sua apetência, e deixam bem vincada a sua formação musical, alguns inclusivamente acabam mesmo por chegar a regentes de outras Filarmónicas, onde incutem ou reforçar os valores fundamentais, da importância da formação continua.

É neste contexto que esta Instituição, tem sabido manter as exigências que são obrigatórias para continuar a apresentar um reportório de excelência e de grande reconhecimento quer interno, na nossa ilha, quer no exterior aquando das suas deslocações.

Por isso não poderia deixar passar esta efeméride, sem prestar a minha homenagem à Instituição que me acolheu nos tempos livres da minha mocidade. Tendo sido um pilar fundamental na minha aprendizagem de valores humanos, éticos e culturais para a vida. Muito do que hoje sou devo-o à Estrela D’Alva.

É com muito orgulho que vivo este 135º Aniversário, mesmo com as restrições impostas pela Pandemia da Covid-19 do Covid, a Estrela D’Alva não cruzou braços, a sua escola de formação esteve em pleno funcionamento, com o seu dinâmico e competente Maestro Luís Paulo Costa Moniz, fruto desse competente trabalho, no dia de hoje esta Instituição, apresenta uma Filarmónica rejuvenescida com enorme potencial. Em cinco décadas de ligação à Estrela D’Alva, inicialmente como músico e actualmente como dirigente, é um enorme privilégio e honra constatar o notável percurso desta Instituição, onde imperam valores humanos, profissionais e competência.

Quero aproveitar este momento de jubilo e de alegria para manifestar a minha gratidão a todos aqueles que de uma forma voluntária dão o seu melhor, para a consolidação, desta Instituição e promoção do seu património musical.

É com este regozijo, que felicito os seus órgãos Sociais, na Pessoa do seu Presidente da Direção João Manuel Cabral Arruda, na continuidade deste trabalho de equipa e com o espírito fraterno, que é bastante visível, esta união com a presença de pais e filhos , a dar o seu melhor, que muito aprecio e enobrece os valores humanos, éticos e morais, cada vez mais esquecidos pela sociedade actual.

Este é o prémio mais valioso que a Estrela D’Alva, recebeu no seu 135.º Aniversário.

UM BEM HAJA!

Recolhidos 403.860 quilos de resíduos orgânicos em Ponta Delgada em 2021

© DL

Em 2021, os serviços urbanos da Câmara Municipal de Ponta Delgada procederam à recolha de um total de 403.860 quilos de resíduos orgânicos, anunciou hoje, 10 de fevereiro, a autarquia daquela cidade.

A recolha foi efetuada de um total de “112 entidades, nomeadamente 17 escolas e 95 estabelecimentos de restauração, cantinas e hotelaria”, é dito em comunicado enviado às redações.

Os dados foram divulgados pelo vice-presidente Pedro Furtado, que tutela a área do Ambiente, na última reunião ordinária da Câmara de Ponta Delgada.

Segundo a informação avançada, tratam-se de resíduos recicláveis que deixam de ser depositados em aterro, evitando-se, inclusivamente, a respetiva deposição nas eco-ilhas e eco-pontos.

Já este ano, nomeadamente, entre janeiro e o presente mês, “foram recolhidos 36.080 quilos de resíduos orgânicos”, revela a autarquia.

A autarquia sublinha que “aposta fortemente na recolha de resíduos orgânicos, cumprindo, desta forma, um dos objetivos da União Europeia para esta área”.

À autarquia já chegaram pedidos de vários restaurantes de Ponta Delgada que querem aderir à iniciativa e, por isso, a câmara municipal refere que “está a encetar procedimentos com vista à aquisição de uma nova viatura sem compactação para aumentar a recolha de orgânicos e, assim, responder às solicitações dos empresários da restauração”.

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Concurso para bolsas de investigação de doutoramento com duas novas áreas científicas

© MIGUEL MACHADO

A secretaria regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, anunciou hoje, 10 de fevereiro, que a nova edição do concurso para a concessão bolsas de investigação de doutoramento, integra duas novas áreas estratégicas para a Região Autónoma dos Açores.

O espaço e a saúde são as duas novas áreas que o concurso de 2022 integra, sendo que o concurso “reforça o número de vagas noutras áreas relevantes”, declara Susete Amaro.  

“Pretendemos que o investimento na qualificação de capital humano vá ao encontro da aposta estratégica do Governo regional para a captação de investimento económico, social e científico, segundo as políticas prioritárias da RIS3 Açores e da recente Estratégia dos Açores para o Espaço”, sustenta ainda a titular da pasta da Ciência e Transição Digital do XIII Governo regional dos Açores.

Neste concurso existem duas novidades: uma de carácter social, que “permite a participação de indivíduos que pretendam iniciar ou já tenham iniciado o doutoramento, alcançando-se, assim, uma menor taxa de desistência de doutoramentos devido a fatores financeiros”, e outra na possibilidade de execução do plano de trabalhos em qualquer unidade de I&D nacional, desde que em estrita colaboração com entidades do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores.

As candidaturas abrem esta quinta-feira e encontram-se disponíveis até 11 de março de 2022, prevendo-se o início da execução das bolsas a partir do mês de novembro, conforme calendários letivos do ensino superior.

Os interessados poderão obter mais informações sobre o aviso de abertura do concurso, bem como sobre o regulamento de atribuição, os critérios de avaliação e seriação, e a constituição do júri no seguinte endereço eletrónico https://idia.azores.gov.pt/ ou http://frct.azores.gov.pt/.

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Açores com uma morte e 1.130 novos casos de covid-19

© D.R.

Os Açores registam uma morte, 1.130 novos casos positivos de covid-19 e mais 968 recuperações, anunciou hoje, 10 de fevereiro, a Autoridade de Saúde regional.

A vítima mortal trata-se de um homem com 90 anos de idade, residente em Rabo Peixe, concelho da Ribeira Grande, em São Miguel. De acordo com a entidade de Saúde açoriana, estava vacinado com reforço, mas apresentava múltiplas comorbilidades.

Do total de infeções detetadas, 747 foram diagnosticadas na ilha de São Miguel, 246 na Terceira, 32 em São Jorge, 28 no Pico, 23 no Faial, 23 em Santa Maria, 18 nas Flores e 13 na Graciosa, resultantes de 3.718 análises. 

Em São Miguel, foram há 481 novos casos positivos em Ponta Delgada, 122 na Ribeira Grande, 92 na Lagoa, 35 em Vila Franca do Campo, 14 no Nordeste e três na Povoação. 

Na Terceira foram diagnosticados 157 novos casos positivos no concelho de Angra do Heroísmo e 89 no concelho da Praia da Vitória. 

Em São Jorge, o concelho das Velas registou 23 novos casos positivos e o concelho da Calheta nove. 

No Pico foram diagnosticados 12 novos casos no concelho da Madalena, 10 no concelho das Lajes e seis no concelho de São Roque.  

O Faial e Santa Maria registam 23 novos casos, cada. 

Nas Flores foram diagnosticados 17 novos casos no concelho das Lajes e um no concelho de Santa Cruz. 

A Graciosa regista 13 novos casos positivos.

À data de hoje estão 67 pessoas internadas, sendo 52 no Hospital do Divino Espírito Santo, em São Miguel (quatro em cuidados intensivos), 11 no Hospital de Santo Espírito da Terceira (dois em cuidados intensivos) e quatro no Hospital da Horta, no Faial (uma em cuidados intensivos).

O arquipélago regista atualmente 17.426 casos positivos ativos, sendo 14.262 em São Miguel, 2.309 na Terceira, 211 no Faial, 184 no Pico, 179 em São Jorge, 150 na Graciosa, 96 em Santa Maria e 35 nas Flores.

Desde 31 de dezembro de 2020 e até 9 de fevereiro corrente, 208.798 pessoas tinham nos Açores a vacinação primária completa (88,3%) da população e 102.268 tinham já recebido a dose de reforço (43,3%). 

A vacinação pediátrica regista nesta data, 5.918 inoculações referentes à 1.ª dose, o que corresponde a 34,7% de um universo de 17.033 crianças entre os cinco e os 11 anos.

DL

Curso de Filosofia Antiga no Centro Cultural da Caloura

© D.R.

O Centro Cultural da Caloura (CCC) irá promover, numa parceria com o escritor Paulo José Miranda, um curso de Filosofia Antiga naquele espaço, sendo que as sessões irão decorrer todos os sábados, a partir de 12 de março.

Em nota de imprensa enviada às redações, é revelado que serão “12 sessões num ambiente intimista, Paulo José Miranda irá dar a conhecer as origens do pensamento ocidental e os principais autores da filosofia clássica. Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Parménides, Heraclito, Sócrates e Platão serão os filósofos abordados, para além dos sofistas”.

Trata-se da primeira vez que o escritor promove um curso nos Açores, tendo já ministrado cursos de Filosofia Clássica, Moderna e Contemporânea em Portugal continental e no Brasil.

Paulo José Miranda, para além de formado em filosofia pela Universidade de Letras de Lisboa, é um premiado poeta, escritor e dramaturgo. Foi o Vencedor do Primeiro Prémio José Saramago (1999), com a obra «Natureza Morta» (ed. Cotovia), tendo-lhe sido dedicado mais recentemente o primeiro programa Herdeiros de Saramago emitido na RTP 1. Foi igualmente galardoado com dois prémios de poesia: Teixeira de Pascoaes (1998) e SPA (2015), este com a obra «Exercícios de Humano», e com o prémio Ciranda (2015) pelo romance «A Máquina do Mundo». É membro do Pen Club desde 1998. Na sua trilogia (ed. Abysmo), em que numa das obras se inspira em João Domingos Bom Tempo, noutra em Cesário Verde, o livro «Vício» vai justamente incidir em Antero de Quental. As suas mais recentes obras são «A morte não é prioritária – biografia de Manoel Oliveira» (2019), editada pela Contraponto, e o romance Aaron Klein (2020), editado pela Abysmo.

As inscrições, limitadas a dez participantes e com um número mínimo de inscritos, devem ser feitas através do email: paulojosemirand@gmail.com, tendo o curso o valor de 120 euros ou, em caso de se optar por pagar mensalmente, o valor de 50 euros por mês.

Atendendo à situação pandémica, o CCC, esclarece que serão respeitadas as normas de segurança, como o uso de máscara, desinfeção de mãos e distanciamento.

O Centro Cultural da Caloura é fundado e gerido por Tomaz Borba Vieira, possuindo uma coleção que contempla artistas com Teixeira Lopes, Eduardo Nery, Paula Rego, mas também insulares como Canto da Maia, Domingos Rebêlo, Urbano, José Maria França Machado, Raposo França, Luís França, Ricardo Lalanda, Nina Medeiros, Maria José Cavaco, Carlos Carreiro, Victor Almeida, entre muitos outros.

DL

“Estivemos cerca de um ano e meio sem tirar qualquer salário”

Dois jovens micaelenses arregaçaram as mangas e abriram uma agência de seguros. Quatro anos depois, têm quatro lojas espalhadas pela ilha. Têm um crescimento anual de 46 por cento mas têm tido muitas dificuldades em contratar colaboradores

Carlos Rego e Albano Viveiros abriram uma agência de seguros em 2017 © D.R.

Fomos visitar a sede da GS, na Fajã de Baixo, em São Miguel, onde Carlos Rego, de 30 anos, e Albano Viveiros, de 35 anos, são sócios e proprietários da empresa da área de gestão de seguros e créditos. Como é que dois jovens lançaram uma empresa de sucesso e o que tiveram de fazer para chegar ao topo? Tentámos encontrar as respostas numa conversa com os dois jovens micaelenses que não tiveram medo de arriscar. 

Como surgiu este negócio?
Carlos: O meu pai quando se reformou teve um convite para fazer a formação de mediador e começou a colaborar numa seguradora. Ele tinha uma carteira residual, era mais um passatempo. A mãe do Albano fez a mesma coisa, mas mais a sério e tinha uma carteira com alguma dimensão.
Albano: E conhecemo-nos por intermédio da minha mãe, ela queria reformar-se, havia uma oportunidade de negócio, ela falou-me no Carlos, fui conhecê-lo e decidimos unir as duas carteiras em 2017. O Carlos já estava no ramo há três anos, eu comecei a sério em 2018.
Carlos: Juntamo-nos com o compromisso de fazer uma coisa a sério. Decidimos investir.

Quatro anos antes imaginavam-se a trabalhar nesta área?
Albano: Como estudei em Lisboa e trabalhei uns bons anos lá, cheguei a um ponto da minha vida em que senti que tinha de ser empreendedor. Queria vir para cá, criar família e apareceu esta oportunidade. Digamos que os astros juntaram-se para que as coisas corressem bem.
Carlos: Também acho que tem muito que ver com a oportunidade. Eu estava a estudar cá, nos Açores, e quando surge, pensei “bem, a altura é esta”.

Sentiram receio?
Albano: Não.
Carlos: Eu acho que se soubéssemos tudo o que sabemos hoje, se calhar teríamos mais dificuldades em dar o primeiro passo. Fomos otimistas. Mas quando se começa a ver os impostos a que as empresas estão sujeitas, é difícil. Estivemos cerca de um ano e meio sem tirar qualquer salário.
Albano: Cumprimos todas as nossas obrigações mas o nosso salário ficou sempre para o fim.
Carlos: Foi ano e meio a trabalhar por amor à camisola, praticamente. Uma receita para o sucesso foi, também, dar um passo de cada vez. Tínhamos a sede e primeiro fizemos obras só em metade do espaço. Começamos a trabalhar os dois sozinhos, não contratamos logo. Só quando já havia a possibilidade, arranjamos então um colaborador. Foi tudo assim, degrau a degrau.
Albano: Mas agora sim, sentimos que a empresa já tem a estabilidade para respirar.

Depois abriram mais uma loja.
Carlos: Em 2020, na Candelária. Dos Arrifes aos Mosteiros não havia nada, foi uma aposta ganha. E abrimos em plena pandemia, em maio.

Como contornaram a pandemia?
Carlos: Nós tentamos fazer teletrabalho, mas passados dois ou três dias chegamos à conclusão que era impossível. Não só por nós, mas também porque há muitas pessoas que ainda não usam o e-mail. Almoçávamos todos aqui, desinfetávamos tudo para não contaminar ninguém. E não perdemos negócios, não diminuímos a faturação, mas se não houvesse pandemia talvez crescêssemos mais.
Albano: Não fomos das áreas mais afetadas. os seguros deverão ser sempre das últimas coisas a serem canceladas.

Depois da Candelária, abriram na Lagoa.
Carlos: No mesmo ano, em outubro de 2020, e nos Arrifes no ano seguinte. Na Lagoa temos concorrentes diretos mas estamos localizados no coração da cidade [No Rosário]. Uma das nossas grandes vantagens é a disponibilidade. Temos uma equipa muito unida e sempre disponível. Temos sempre quem atenda as chamadas. Isso faz a diferença.
Albano: Temos a sorte de ter uma equipa muito competente e sempre predisposta a fazer o que é necessário.

A equipa envolve quantas pessoas?
Carlos: Neste momento sou eu, o Albano, mais quatro pessoas e um estagiário. A maior parte começou ao abrigo do programa Estagiar T e Estagiar L, passaram entre seis a sete meses em formação. É uma aposta, nem sempre dá certo, mas à partida reconhecem e sentem que se trabalharem bem e forem competentes ficam aqui.
Albano: É uma ajuda enorme, ainda por cima para uma empresa que é relativamente nova.

Mão de obra especializada é fácil encontrar?
Carlos: Agora não conseguimos arranjar uma única pessoa para o Estagiar T e L, e estamos a falar de uma área de gestão e administração, uma área abrangente. É uma área que as pessoas podem não ter conhecimentos mas damos toda a formação, especializamos as pessoas até porque são obrigadas a ter um curso de mediação. Nos dias de hoje não conseguirmos uma única pessoa, assusta um pouco. Podemos vir a precisar. Estamos a ter um crescimento anual de mais de 40 por cento e isso significa que no próximo ano, ou depois, vamos precisar de mais pessoas e não conseguimos arranjar. 

Ao nível dos seguros trabalham em que vertentes?
Carlos: Com qualquer tipo de seguro. No dia a dia temos o seguro do carro e da casa, seguros de vida e de acidentes pessoais, e seguros de saúde que agora são muito requisitados devido à abertura do novo Hospital Internacional dos Açores, na Lagoa. Para as empresas temos imensas soluções a preços muito competitivos.

Também trabalham com créditos.
Carlos: Fazemos intermediação de créditos, isso vai desde o crédito à habitação, crédito automóvel, crédito pessoal, leasings e rentings para empresas, tudo isso. 

Qual é a vantagem para os clientes?
Falam connosco, enviam-nos os dados que nós precisamos e temos aprovações no sistema imediatas, na hora, em 5 a 10 minutos. Casos mais complexos, em 24 horas temos o resultado. A grande vantagem para os clientes é que falam com uma pessoa só e nós vemos todas as soluções. Quando vou falar com a pessoa já vou com a melhor prestação do mercado aprovada e a pessoa decide.

Como vêem o futuro?
Carlos: Acho que devemos ser dos mais jovens nesta área. O que também tem-nos trazido alguma vantagem. A concorrência são pessoas com experiência, com mais idade, mas temos vindo a apostar muito no digital e acho que o futuro vai ser por aí. Mas nunca podemos descurar a parte da proximidade que as lojas trazem.
Albano: Há sempre certos assuntos que uma pessoa quer falar pessoalmente.
Carlos: Seguros e dinheiro é sempre algo em que tem de haver confiança e essa confiança é difícil de se estabelecer pelas redes sociais ou por e-mail. Normalmente para se fechar um negócio há uma visita presencial que se correr bem podemos depois até nunca mais reunir. As pessoas querem sempre associar uma cara.

Clube de Geocaching produz caixa “500 Anos da Lagoa”

Três turmas puderam desfrutar de trilhos na zona da Lombinha da Maia © D.R.

Foi produzida e publicada, recentemente, a nova cache do Clube de Geocaching, que é uma multi-cache denominada “500 Anos da Vila da Lagoa”. Esta cache foi produzida pelos alunos, que pertencem ao Clube de Geocaching, do 11º C e 11º D e contou com a colaboração, o que agradecemos, da Câmara Municipal da lagoa, da Junta de Freguesia de Santa Cruz e do senhor Arq. Igor França (que foi um dos fundadores deste Clube). Esta nova geocache, que pertence à lagoa Geotour, pretende associar-se às comemorações dos 500 anos deste Concelho e tem por objetivo contribuir para o conhecimento da história deste Concelho. 

In search of the uncertain – PROJETO ISU

O Clube de Geocaching da Escola Secundária da Lagoa realizou, no passado mês de janeiro, uma Visita de Estudo com alunos, deste Clube, de três turmas do ensino secundário, para os trilhos da zona da Praia da Viola, na zona da Lombinha da Maia.
Para além de serem percorridos parte dos trilhos existentes na zona, foram encontradas e registadas algumas das caches existentes na zona. Os alunos participantes tiveram uma pequena “formação” sobre: utilização do GPS, comunicações rádio e suas regras.

Luís Filipe Machado
Clube de Geocaching da ESL