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Tecnoparque recebe prova de rallye para veículos elétricos

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O Tecnoparque, na cidade de Lagoa, vai receber amanhã, 30 de outubro, uma prova de rallye dedicada exclusivamente aos veículos elétricos. Trata-se de uma organização do Grupo Desportivo Comercial (GDC), que vai colocar na estrada a segunda edição do Azores E-Rallye.

O anúncio foi feito hoje, 29 de outubro, pela autarquia da Lagoa e refere que o evento inicia-se, este sábado, com uma conferência, pelas 14h00, na sede do Grupo Desportivo Comercial, na Lagoa, sob o tema “Novas Energias e Provas de Regularidade”, promovida em conjunto com a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos.

Segundo a nota de imprensa enviada às redações, a conferência tem como objetivo “sensibilizar os automobilistas em geral para a utilização de veículos movidos a energias alternativas, em especial os elétricos, e explicar que estilo de condução maximiza a eficácia da sua utilização”.

Ao final da tarde, pelas 16h45, disputa-se, nos arruamentos do Tecnoparque, a Lagoa Street Stage, uma prova complementar e com classificação específica composta por duas passagens por um percurso de 870 metros, com média máxima de 50km/h, em que o desafio é conseguir igualar o tempo de ambas as passagens.

No domingo, a prova irá ligar a cidade de Lagoa à Vila da Povoação através de um percurso com 133,98km, dos quais 71,53km disputados nas 10 provas especiais de classificação de regularidade, em piso de asfalto e em estrada aberta ao trânsito, com médias a variarem entre os 36 e os 45km/h.

DL

Lagoa acolhe palestra sobre “Casas Lagoenses”

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O Instituto Cultural Padre João José Tavares irá promover, no dia 5 de novembro, às 19h30, uma palestra intitulada “Casas Lagoenses”, proferida por Maria Antónia Mota Albergaria Pacheco, anunciou hoje, 29 de outubro, a Câmara da Lagoa.

O evento decorrerá no cineteatro lagoense Francisco D´Amaral Almeida, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, sendo Maria Antónia Mota Albergaria Pacheco a oradora.

De acordo com a nota de imprensa enviada às redações, será abordado a descrição e história de cerca de 20 casas lagoenses de forma a “enriquecer o conhecimento de todos os participantes com a descrição histórica de algumas casas lagoenses, desde o século XIX até ao século XX”.

O Instituto Cultural Padre João José Tavares foi constituído no dia 7 de abril de 2008, é presidido por Maria Palmira Bettencourt e tem como principal objetivo “enriquecer a cultura lagoense, através da realização de diversas atividades, desde logo concertos, publicações e conferências em áreas diversificadas, nomeadamente história; património; museologia e arte sacra”, é dito no comunicado.

DL

Cerca de 1.500 vacinas de reforço administradas nos Açores

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As unidades de saúde dos Açores administraram “cerca de 1.500 doses” de reforço da vacina contra a covid-19 desde 18 de outubro e o diretor regional da Saúde garantiu hoje, 29 de outubro, haverá um “maior ritmo” nas próximas semanas.

“O processo [de administração de uma terceira dose de vacina] está a decorrer por todas as ilhas e vai haver um incremento nas próximas semanas, tendo em conta a organização que já existe e a informação que temos de um maior número de vacinas solicitado para as várias unidades de saúde de ilha”, avançou, em declarações à Lusa, o diretor regional da Saúde, Berto Cabral.

A administração da terceira dose da vacina contra a covid-19 nos Açores arrancou no dia 18 de outubro nos lares de idosos e unidades de cuidados continuados dos Açores.

Segundo Berto Cabral, “já estão administradas cerca de 1.500 doses na região”, numa fase do processo que se destina, quase em exclusivo, aos idosos institucionalizados.

O ritmo do processo é justificado pelo diretor regional da Saúde com a necessidade de deslocação das equipas de enfermagem às instituições.

“O processo é mais moroso, porque as equipas vão de instituição a instituição, vacinando os utentes”, afirmou, acrescentando que o processo “vai continuar a maior ritmo nas próximas semanas”.

Nas instituições em que a terceira dose ainda não tinha sido dada, já são inoculadas, na mesma deslocação, as vacinas contra a gripe e contra a covid-19, o que torna o processo “mais ágil”, ainda que as deslocações sejam “mais demoradas”.

Até agora, o número de recusas foi “muito residual”, mas há quem manifeste receio, sobretudo devido aos efeitos secundários das primeiras tomas da vacina.

Berto Cabral defendeu que é preciso tranquilizar a população e responder aos receios com informação.

“Depois de um processo que começou cheio de dúvidas, com imensas questões da maior parte da população, a verdade é que temos nos Açores quase 83% da população com a vacinação completa. As situações graves depois da vacinação foram residuais e, portanto, importa continuar a transmitir uma mensagem de tranquilidade e de confiança relativamente à vacinação”, frisou.

O reforço da vacina contra a covid-19 destina-se a maiores de 65 anos, devendo abranger nos Açores “entre 35 e 36 mil pessoas”.

Desde 26 de setembro que as pessoas transplantadas e com imunossupressão grave podem também aceder a uma dose adicional da vacina, mediante prescrição médica.

Neste caso, serão “pouco mais de 600 pessoas, no máximo”, na região.

A vacinação de maiores de 65 anos não institucionalizados deverá arrancar à medida que o processo for concluído nos lares e unidades de cuidados continuados, não havendo datas definidas.

“As ilhas não vão estar ao mesmo ritmo. Há ilhas que ainda vão estar a vacinar doentes institucionalizados e outras que já vão estar na população geral com mais de 65 anos”, adiantou Berto Cabral, explicando que as ilhas mais populosas, São Miguel e Terceira, têm mais instituições.

Segundo o diretor regional da Saúde, não foi estabelecido um prazo para a conclusão da administração da dose de reforço aos mais vulneráveis, mas “idealmente” deverá decorrer antes de “uma época do ano que se prevê que possa ser mais crítica”.

“Não definimos uma data limite para o final deste processo. Queremos que ele decorra de forma rápida, até porque caminhamos para o inverno e para a época do Natal, onde há muito mais contactos entre as pessoas, à semelhança do que aconteceu no ano passado”, afirmou.

De acordo com o responsável, “importa que o maior número de pessoas tenha a sua dose de reforço antes desse período que se considera mais crítico”.

Lusa/ DL

Açores com 18 novos casos e 15 recuperações

© D.R.

Os Açores contabilizam 18 casos positivos de covid-19 nas últimas 24 horas, sendo 15 em São Miguel, dois no Faial e um na Terceira, anunciou esta sexta-feira, 29 de outubro, a Autoridade de Saúde Regional.

As infeções foram apuradas de 840 testes realizados, sendo que em São Miguel todos os casos foram registados no concelho de Ponta Delgada. 

Na Terceira foi registado um caso no concelho da Praia da Vitória e no Faial os dois casos registados correspondem ao concelho da Horta.

À data de hoje há três doentes internados, todos no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, sendo que nenhum se encontra em Unidade de Cuidados Intensivos. 

Nas últimas 24 horas foram registadas 15 recuperações. 

O arquipélago açoriano regista atualmente 186 casos positivos ativos, sendo 167 em São Miguel, 10 no Faial, oito na Terceira e um no Pico. 

De acordo com a entidade de Saúde açoriana, desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 9.439 casos positivos de covid-19, dos quais 9.023 recuperaram da doença, 45 faleceram, 95 saíram do arquipélago e 90 apresentaram prova de cura de anterior infeção.  

Desde 31 de dezembro de 2020 e até 25 de outubro corrente, foram vacinadas nos Açores 174.268 pessoas com a primeira dose (73,6 por cento) e 194.605 com a vacinação completa (82,2 por cento), no âmbito do Plano Regional de Vacinação.

DL

Presidente da Assembleia dos Açores pede conjugação de esforços para combater pobreza

© ALRA

O presidente da Assembleia Legislativa dos Açores (ALRA) apelou a uma “conjugação de esforços” no combate à pobreza na região, considerado “o verdadeiro calcanhar de Aquiles” do desenvolvimento do arquipélago, foi esta quinta-feira, 28 de outubro, divulgado.

Em comunicado, o gabinete da presidência da ALRA esclarece que Luís Garcia deixou o pedido na ilha do Pico, na abertura da Conferência “45 Anos de Autonomia – O desafio do Combate à Pobreza”, realizada na quarta-feira.

Luís Garcia defendeu uma “conjugação de esforços em toda a linha da sociedade” para combater a pobreza na região, através de “uma ação coordenada e articulada de todos os agentes e promotores do desenvolvimento”.

Só assim, disse, será possível encontrar “soluções adequadas e políticas adaptadas, com vista à resolução e mitigação do flagelo.

O responsável “apontou ainda a educação e a requalificação como bases fundamentais para um desenvolvimento económico criador de riqueza e de emprego sustentável, capaz de os acolher e de lhes dar as respostas adequadas, aproveitando de forma mais eficaz os fundos comunitários”, refere o comunicado.

“A Autonomia dos Açores tem de saber encontrar respostas capazes de reconverter todo este capital humano, tão necessário a tantas atividades, em que todos reclamam falta de mão-de-obra”, afirmou.

Para o presidente da ALRA, “o sucesso deste combate depende de todos – poderes regionais, poder local, empresários, instituições sociais e cidadãos”.

Além da intervenção do Presidente da Assembleia, a conferência contou ainda com “dois oradores especialistas na área da pobreza e políticas sociais”, nomeadamente Fernando Diogo, investigador da Universidade dos Açores na área das políticas sociais e dinâmicas regionais, que fez uma comunicação sobre “A pobreza como desafio ao desenvolvimento dos Açores”.

Fernanda Rodrigues, docente da Universidade do Porto, apresentou a comunicação “Combater a pobreza: campos e instrumentos de ação”.

O comunicado observa que Fernanda Rodrigues “foi a primeira oradora de fora da região a ser convidada para este Ciclo de Conferências, em face da sua experiência nesta matéria, tendo a dupla experiência de ter sido Consultora da UNICEF e da Comissão Europeia para programas sociais”.

Lusa/ DL

BE/Açores critica PS regional por “fazer política com o medo”

© BE/A

O BE/Açores criticou esta quinta-feira, 28 de outubro, o PS regional por “fazer política com o medo” ao dizer que o chumbo do Orçamento do Estado deixa em causa verbas importantes para a região.

“É lamentável que o PS/Açores pretenda fazer política com o medo, dizendo que ficam em causa verbas importantes para a região devido ao chumbo do Orçamento do Estado, como o pagamento das ligações interilhas ou as verbas afetas à região no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, indica o BE/Açores em comunicado.

Quanto às transferências para as Regiões Autónomas, o BE diz que “continuarão a ser realizadas porque se aplica o regime de execução em duodécimos e, quanto ao PRR, é o próprio Conselho de Ministros que anunciou que o governo não se demite, para concretizar o PRR que desenhou”.

De acordo com o BE, o Conselho de Ministros assume, assim, que “o PRR continuará a ser executado e desmentindo o PS/Açores”.

O PS/Açores alertou que o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) prejudica a região, colocando “em causa” verbas para a comparticipação de prejuízos do furacão Lorenzo ou do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Citado num comunicado do partido regional, Berto Messias, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, alerta que o ‘chumbo’ do Orçamento da República coloca “em causa um conjunto de matérias fundamentais”, citando as “verbas para a comparticipação financeira dos prejuízos do furacão Lorenzo, o pagamento das ligações interilhas, as verbas afetas à região no âmbito do PRR, entre muitas outras matérias”.

Para o BE, “o que prejudica a região é o não cumprimento, por parte do Governo da República do PS ao longo dos anos, de vários investimentos essenciais para os Açores”.

Isto, de acordo com os bloquistas dos Açores, “devido à prioridade sempre dada aos compromissos europeus em detrimento dos compromissos com as pessoas”.

O BE enumera “a falta de concretização de investimentos há muito prometidos, como o estabelecimento prisional de Ponta Delgada, a rede de radares meteorológicos, os cabos submarinos de comunicações ou o acordo de financiamento da Universidade dos Açores”.

Para o partido, tal demonstra “bem a falta de execução de investimento público e justifica também que o Bloco prefira soluções concretas a promessas vãs”.

O BE/Açores considera que “o chumbo da proposta de OE2022 é fruto da intransigência negocial do PS e do sonho de António Costa em governar com maioria absoluta”.

“As negociações falharam porque o Governo procurou este desfecho”, diz a estrutura regional do partido.

A Assembleia da República ‘chumbou’ na quarta-feira, na generalidade, o OE2022 com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, abrindo caminho a eleições legislativas antecipadas.

O PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

Antes da votação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha avisado que, perante um chumbo do OE2022, iria iniciar “logo, logo, logo a seguir o processo” de dissolução do parlamento e de convocação de eleições legislativas antecipadas.

As legislativas antecipadas têm de se realizar nos 60 dias seguintes à dissolução do parlamento e de ser marcadas nesse mesmo momento, de acordo com o artigo 113.º da Constituição da República Portuguesa.

Para dissolver a Assembleia da República, o Presidente tem de ouvir os partidos parlamentares, o que acontece no sábado, e o Conselho de Estado, que se reúne na quarta-feira.

Lusa/ DL

Presidente do Governo regional apela ao consumo de produtos açorianos

© MIGUEL MACHADO

O presidente do Governo regional dos Açores apelou esta quinta-feira, 28 de outubro, ao consumo de produtos locais por parte da população do arquipélago, para se gerar riqueza e emprego na região e combater o êxodo demográfico.

“Deixo um apelo ao nosso consumidor: qualquer consumidor açoriano que opte pelo produto dos Açores está a garantir criação de riqueza, emprego, empresários e captação de consumidores, no que diz respeito ao turismo, que vem aos Açores conhecer o nosso produto e consumi-lo aqui”, disse José Manuel Bolieiro no fecho do Fórum Açoriano nas Velas de São Jorge, no âmbito da visita oficial à ilha.

O líder do executivo açoriano referiu que “quando se vir na prateleira um produto que é açoriano ao lado de um produto que não seja dos Açores, opte pelo que é açoriano, mesmo que o preço seja um pouco diferenciado, porque está a autoproteger-se, à sua economia e empregabilidade”.

Para Bolieiro, desta forma o consumidor açoriano está “gerando a criação de riqueza na sua terra, em vez de o rendimento passar para outros que não os açorianos”, o que “gera falta de emprego, empresários e abandono da região, criando êxodo demográfico e envelhecimento da população”, entre outros fatores.

José Manuel Bolieiro apontou, por outro lado, que os Açores “têm pelas diferentes ilhas e pelos vários produtos e bens transacionáveis a demonstração que produzem bem”, mas admitiu a “dificuldade de não se saber vender”, com base numa cadeia de valor que “promova um preço justo e uma boa distribuição da riqueza pela produção, transformação e comercialização”.

O chefe do executivo disse que se está a promover “desde logo que haja patente através de uma aposta na certificação que não seja penalizadora do próprio produtor, mas valorizadora do preço e do valor acrescentado, dando confiança para a escolha de um produto diferenciado” no contexto regional e no exterior.

Questionado sobre a possibilidade da criação de incentivos para que se consuma produtos açorianos, o líder do Governo Regional considerou que a redução fiscal nos Açores “é já um contributo para garantir que o custo de produção e da transmissão do bem, designadamente através do IVA, não seja penalizador para o consumidor”.

O presidente do Governo regional começou na segunda-feira, na Graciosa, visitas estatutárias às seis ilhas sem sede de departamentos governamentais, com um novo modelo que pretende um executivo “mais ouvinte e cooperante do que ‘inauguracionista’”, tendo sido a segunda ilha São Jorge.

Este ano, em cada uma das ilhas alvo de visita estatutária – Graciosa, São Jorge, Pico, Flores, Corvo e Santa Maria – o governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, eleito em outubro de 2020, apresenta também a novidade de um Fórum Autonómico, com um orador convidado, “aberto à participação das populações”.

Segundo o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o Governo Regional tem de visitar cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano, com a obrigação de reunir o Conselho do Governo na ilha visitada.

A próxima visita é à ilha do Pico, estando prevista para o período entre 07 e 10 de novembro, ao passo que a passagem pelas ilhas das Flores e do Corvo se deve realizar entre 14 e 17 de novembro.

A viagem a Santa Maria está prevista para 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro.

Lusa/ DL

Secretaria da Saúde dos Açores ordena averiguações a Oncologia de Hospital de Ponta Delgada

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O Secretário Regional da Saúde e Desporto dos Açores determinou esta quinta-feira, 28 de outubro, a abertura de um processo de averiguações à Unidade de Oncologia do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) devido à “alegada falta de consultas naquele serviço”.

A informação foi divulgada num comunicado do Governo regional açoriano (PSD/CDS-PP/PPM, no dia em que a presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, manifestou preocupação com aquela unidade do hospital de Hospital de Ponta Delgada, por existirem “300 doentes há meses sem consultas”.

“É importante que isto se esclareça”, disse Clélio Meneses, à margem da visita estatutária que o Governo regional dos Açores está a efetuar à ilha de São Jorge.

A decisão “vai no sentido de se apurar o que se está a passar e de se apurar alguma eventual responsabilidade, e havendo indícios de responsabilidade, os consequentes procedimentos disciplinares”, frisou.

A presidente da Ordem dos Médicos disse que existem seis médicos de oncologia nos quadros do HDES, estando dois de atestado e outros dois estão com o “horário reduzido devido a licenças de maternidade e paternidade”, pelo que “sobram dois médicos a tempo inteiro”.

De acordo com Clélio Meneses, o processo de averiguações “vai decorrer através de uma equipa exterior ao Conselho de Administração do HDES”.

Isto porque “a Inspeção Regional da Saúde está assoberbada de trabalho, com muitos processos em curso, e isto é importante que se clarifique o mais depressa possível, através desta equipa exterior”, justificou.

Para o secretário Regional da Saúde, há um “excesso de ruído relativamente àquilo que é a saúde das pessoas”, algo que “não pode ser posto em causa”.

“As consultas no Hospital do Divino Espírito Santo têm acontecido”, disse.

O governante indicou com números da ordem das 1.940 consultas no corrente ano, algo que identificou como “o segundo melhor indicador desde 2017”.

“O que quer dizer que está a decorrer com alguma normalidade”, sublinhou.

Clélio Meneses revelou ainda que “há quatro pessoas em lista de espera para a primeira consulta de Oncologia”.

“Apesar de os números serem estes, o que se sente é que há um excesso de ruído”, frisou.

Questionado sobre a intervenção da tutela neste processo, o governante referiu pugnar pela “serenidade e clarificação”, uma vez que “para agitação e para alguma irresponsabilidade que possa existir, a Secretaria Regional da Saúde e Desporto não contribui”.

A presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, Margarida Moura, revelou que “houve uma semana em que só esteve um oncologista a trabalhar” naquele hospital da ilha de São Miguel.

A presidente da Ordem dos Médicos nos Açores alertou para o “esforço acrescido” dos médicos do serviço de oncologia, que “têm de assegurar as diferentes atividades clínicas do serviço”.

“Só para terem um exemplo da sobrecarga de trabalho a que estes médicos têm estado sujeitos, houve dias em que um dos médicos [agora] em ‘burnout’ chegou a observar em consulta entre 45 a 60 doentes de oncologia. Isso é uma enormidade. Ninguém aguenta isto”, apontou.

Questionada sobre as responsabilidades da administração do Hospital, Margarida Moura afirmou que o “primeiro atestado de burnout” foi uma “consequência de atitudes que a administração teve para com o responsável da unidade” de oncologia.

Segundo a RTP/Açores, o responsável pela unidade de oncologia do HDES, Rui San-Bento, pediu uma baixa médica devido a ingerências e “atropelos” à sua gestão por parte da direção clínica do hospital.

Margarida Moura disse ter a informação de que o HDES contratou “pontualmente” uma médica oncologista para observar 60 doentes em dois dias na “próxima semana”.

“Não há conhecimento de que haja um plano para a vinda regular de oncologistas para observar os doentes em atraso. Nem há conhecimento se esta médica irá regressar posteriormente”, concluiu.

Lusa/ DL

Ordem alerta para 300 doentes oncológicos sem consultas em hospital dos Açores

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A presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, Margarida Moura, disse esta quinta-feira, 28 outubro, estar preocupada com a unidade de oncologia do Hospital de Ponta Delgada, uma vez que existem “300 doentes que estão há meses sem consultas”.

Numa conferência de imprensa realizada na sede da ordem em Ponta Delgada, Margarida Moura disse encarar a situação da unidade de oncologia do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, com “grande preocupação” devido ao “burnout dos médicos” e à “dificuldade no acesso dos doentes às consultas”.

Segundo disse, existem seis médicos de oncologia nos quadros do HDES, sendo que dois estão de atestado e outros dois estão com o “horário reduzido devido a licenças de maternidade e paternidade”, pelo que “sobram dois médicos a tempo inteiro”.

“Os outros colegas asseguraram as consultas de doentes que estão em hospital de dia, mas as consultas de vigilância não foram realizadas por manifesta incapacidade. Há 300 doentes que estão há meses sem consultas e sem seguimento”, declarou.

Margarida Moura revelou que “houve uma semana em que só esteve um oncologista a trabalhar” naquele hospital da ilha de São Miguel.

A presidente da Ordem dos Médicos nos Açores alertou para o “esforço acrescido” dos médicos do serviço de oncologia, que “têm de assegurar as diferentes atividades clínicas do serviço”.

“Só para terem um exemplo da sobrecarga de trabalho a que estes médicos têm estado sujeitos, houve dias em que um dos médicos [agora] em ‘burnout’ chegou a observar em consulta entre 45 a 60 doentes de oncologia. Isso é uma enormidade. Ninguém aguenta isto”, apontou.

Salientando que alguns dos atestados “são de longa duração”, Margarida Moura defendeu que deveriam ser contratados mais médicos oncologistas.

“Sabemos que num médico em cansaço extremo a possibilidade de ocorrer em erros é muito maior”, lembrou.

Questionada sobre as responsabilidades da administração do Hospital, Margarida Moura afirmou que o “primeiro atestado de burnout” foi uma “consequência de atitudes que a administração teve para com o responsável da unidade” de oncologia.

Segundo a RTP/Açores, o responsável pela unidade de oncologia do HDES, Rui San-Bento, pediu uma baixa médica devido a ingerências e “atropelos” à sua gestão por parte da direção clínica do hospital.

“A ordem pediu uma reunião ao diretor clínico a 13 de outubro, precisamente para debater e manifestar a sua preocupação para com a unidade de oncologia médica. Até hoje, 28 de outubro, não obteve qualquer resposta”, revelou Margarida Moura.

A presidente da Ordem dos Médicos nos Açores alertou “para a necessidade de diálogo” entre a direção clínica e os médicos.

Margarida Moura disse ter a informação de que o HDES contratou “pontualmente” uma médica oncologista para observar 60 doentes em dois dias na “próxima semana”.

“Não há conhecimento de que haja um plano para a vinda regular de oncologistas para observar os doentes em atraso. Nem há conhecimento se esta médica que virá durante dois dias irá regressar posteriormente”, concluiu.

Ao longo dos últimos meses têm sido conhecidas várias divergências entre funcionários e a administração do Hospital de Ponta Delgada, o que levou o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, a defender a necessidade de corrigir alguns “problemas” na gestão da unidade.

Lusa/ DL

Centro da Madalena abre portas de conservatórios do Reino Unido a músicos açorianos

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Centro de Formação Artística da Madalena, na ilha do Pico, vai realizar exames que dão acesso a conservatórios no Reino Unido e quer ser uma porta nos Açores para uma carreira musical internacional.

“O intuito é termos uma porta aberta que permita a qualquer um que queira vir certificar-se nesta associação e valorizar o seu currículo, aceder a sonhos e a voos mais altos. O que queremos é abrir portas às pessoas”, avançou, em declarações, a vice-presidente da Câmara Municipal da Madalena, Catarina Manito.

Centro de Formação Artística da Madalena, criado há 12 anos pelo município, é a partir deste ano centro de exames da Associated Board of the Royal Schools of Music (ABRSM).

Diploma dá acesso direto a quatro conservatórios do Reino Unido: a Royal Academy of Music e o Royal College of Music, em Londres, o Royal Nothern College of Music, em Manchester, e o Royal Conservatoire of Scotland, em Glasgow.

“Queremos possibilitar, quer aos nossos alunos, quer a alunos de outras escolas, açorianas ou não, poderem obter esta certificação, que dá acesso direto às mais prestigiadas escolas e conservatórios de Londres”, salientou a autarca.

Exame será feito na Madalena por examinadores certificados da ABRSM, evitando que os estudantes tenham de se deslocar para fora dos Açores.

“Vai permitir aos nossos alunos de instrumentos candidatarem-se e certificar o seu ensino. A Câmara Municipal da Madalena e o centro de formação artística adquiriram os manuais certificados para poderem seguir o programa proposto, para que os alunos no final tenham mais facilidade no acesso a esta certificação”, avançou Catarina Manito.

Atualmente, o Centro de Formação Artística da Madalena conta com “cerca de 160 alunos”, que estudam formação musical, dança, teatro e artes plásticas, em regime extracurricular.

Um número que, segundo a vice-presidente da Câmara Municipal da Madalena, é “significativo”, numa ilha com menos de 14.000 habitantes e tendo em conta que nos outros dois concelhos do Pico “também existe alguma formação artística e musical”.

Mais de metade dos alunos do centro têm aulas de formação musical, com idades entre os quatro e os 70 anos, e alguns já manifestaram vontade de fazer o exame da ABRSM.

“Já temos alguns alunos interessados em fazer esta certificação. Aliás, ao longo dos tempos, alguns dos alunos do centro e membros das filarmónicas seguiram a carreira na música. Alguns estão a voltar e alguns até já são professores ou deram aulas no centro de formação artística, o que para nós é um grande orgulho”, salientou Catarina Manito.

Câmara Municipal da Madalena começou por promover formações em música, em conjunto com as filarmónicas do concelho, mas há 12 anos decidiu criar um centro para “abrir o ensino artístico e o ensino musical à comunidade em geral”.

“Começámos ligados a alguns dos professores do conservatório da Horta [Faial], mas depois fomos tendo os nossos próprios professores e temos vindo sempre a aumentar o leque de disciplinas lecionadas e os professores em exclusividade com o centro”, adiantou a autarca.

Catarina Manito destacou também a “componente social e sociocultural” do projeto, lembrando que os membros das filarmónicas podem frequentar as aulas de forma gratuita.

Lusa/ DL