As buscas pela segunda mulher desaparecida na sexta-feira na Povoação, em São Miguel, depois de uma enxurrada ter arrastado o carro onde seguia, vão continuar pelo menos até sábado, adiantou esta quarta-feira, 30 de junho, a Proteção Civil.
Em comunicado, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que “as buscas para localizar a pessoa que continua desaparecida na Povoação, desde a última sexta-feira, serão prolongadas até sábado, 3 de julho, dia em que serão reavaliadas as condições”.
A operação é retomada esta quinta-feira, por volta das 8:00 (hora local, 9:00 em Lisboa), estando previsto que terminem pelas 17:00.
Os 40 elementos que estarão no terreno “deverão concentrar-se numa área entre Ponta Garça [no concelho de Vila Franca do Campo] e a Povoação”.
Na sexta-feira, a chuva forte provocou o arrastamento de uma viatura da Santa Casa da Misericórdia da Povoação, onde seguiam duas funcionárias, que estariam a fazer apoio domiciliário.
A viatura foi localizada logo nesse dia no fundo de uma ribeira, presa e capotada, junto à Povoação, mas não foram avistadas pessoas.
Na segunda-feira foi encontrado o corpo de uma das vítimas, a cerca de uma milha da costa da freguesia piscatória da Ribeira Quente, concelho da Povoação, na zona onde um pescador encontrou alegados vestígios humanos no domingo, já após o final da operação de buscas do dia.
As buscas têm envolvido elementos do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), as cinco corporações dos bombeiros de São Miguel, o serviço municipal de proteção civil da Povoação, a Capitania do Porto de Ponta Delgada, a Polícia Marítima, a Associação de Nadadores-Salvadores da Costa Norte, a PSP, elementos do Exército e contam também com o apoio de duas embarcações e dois drones cedidos pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas.
Lusa/ DL
A Direção Regional da Saúde dos Açores tem estado a integrar os registos de vacinas contra a covid-19 na base de dados nacional para garantir que fiquem validados até à entrada em vigor do certificado digital, na quinta-feira.
Numa nota enviada hoje às redações, o Governo regional lembra que o Certificado Digital Covid União Europeia permite identificar um cidadão como estando vacinado, recuperado da doença ou com teste negativo.
A inclusão dos registos vacinais na base de dados do Serviço Nacional de Saúde está a ser feita “em articulação com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde”.
O certificado digital, que entra em vigor quinta-feira, visa facilitar a circulação segura na União Europeia, mas quem o solicitar necessita de cumprir um de três requisitos: estar vacinado, ter um teste negativo ou estar recuperado da covid-19.
“Na prática, para comprovar um resultado negativo, o certificado lê os resultados integrados na plataforma SINAVELab, processo efetuado habitualmente pelos laboratórios da região. Para comprovar o estado de recuperação nos 180 dias anteriores, o certificado acede à data de recuperação inscrita na plataforma TraceCovid, usada no continente. Para regularização do estado de recuperado de alguns utentes dos Açores, seguirá um email para as delegações de saúde”, explica a nota.
Um utente que pretenda obter o seu certificado deve aceder ao portal do SNS24 (www.sns24.gov.pt) e clicar em “Aceder”.
Os cidadãos que não consigam aceder aos meios digitais podem dirigir-se a qualquer loja da RIAC – Rede Integrada de Apoio ao Cidadão, na Região Autónoma dos Açores.
No rastreio aos viajantes nos aeroportos e nos portos regionais, o governo açoriano diz que “estará disponível a leitura dos códigos QR específica para o certificado digital”.
Assim, a partir de 1 de julho existirão três formas de entrada no arquipélago, inclusive com Certificado Digital Covid da UE de vacinação ou de recuperação (os viajantes não precisam de preencher o inquérito “mysafeazores” nem fazer outra validação que não a do certificado, e podem entrar sem mais restrições).
Outra das formas de entrada será com certificado digital de testagem ou com o resultado laboratorial, conforme era feito até agora (neste caso os viajantes devem preencher o “mysafeazores”, anexando o resultado laboratorial ou o certificado de testagem, e são validados pelo código do portal “mysafeazores”, até para serem elegíveis para o ‘voucher’ Destino Seguro).
Quantos aos viajantes para os Açores que não possuem certificado e sem resultado de teste, terão de fazer despiste à covid-19 “à chegada e são introduzidos na plataforma pelas equipas do aeroporto”.
Numa outra nota divulgada hoje, a Secretaria Regional da Saúde e Desporto adianta que a ilha de Santa Maria tem “mais de 80%” da população imunizada contra a covid-19, tendo decorrido no passado fim de semana a segunda fase da “Operação Periferia”.
Nesta etapa foram inoculadas mais 1.955 pessoas.
“O processo de vacinação decorreu de forma célere, com uma capacidade de 150 inoculações/hora pela equipa da Unidade de Saúde da Ilha de Santa Maria, com o apoio de cinco enfermeiros da Ordem dos Enfermeiros”, refere a nota, acrescentando que a operação contou ainda com o “apoio de dois médicos, reformados, que se voluntariaram para apoiar o processo, a PSP, Exército, Bombeiros Voluntários, Câmara Municipal de Vila do Porto, Juntas de Freguesia e entidades privadas”.
A “Operação Periferia” foi lançada pelo Governo regional para assegurar a vacinação em massa nas Flores, São Jorge, Graciosa, Pico e Santa Maria, ilhas sem hospital.
A mais pequena ilha açoriana, o Corvo, já tinha sido alvo de um processo de vacinação em fevereiro e março, que permitiu inocular 89% da população vacinável, segundo os dados da Autoridade de Saúde.
De acordo com a nota, na sexta-feira, no sábado e no domingo passados foram administradas na região 7.629 doses de vacinas e “terminaram o seu esquema vacinal 3.916 pessoas”.
O arquipélago conta presentemente com 291 casos positivos ativos, sendo 281 em São Miguel, cinco no Faial, dois na Graciosa, um na Terceira, um em São Jorge e um em Santa Maria.
Lusa/ DL
Os presidentes da Câmara Municipal da Ribeira Grande e do Governo regional dos Açores concordaram esta terça-feira, 29 de junho, com a necessidade de aprofundar a autonomia do poder local, através da descentralização de competências.
No dia em que se comemoraram os 40 anos de elevação da Ribeira Grande a cidade, o presidente da Câmara Municipal, Alexandre Gaudêncio, desafiou “o novo executivo regional (…) a olhar para as autarquias locais com uma nova visão”, defendendo que a “descentralização de competências é o caminho a seguir, desde que acompanhado pelo respetivo financiamento”.
Alexandre Gaudêncio falava na sessão solene de comemoração do 40.º aniversário de elevação da Ribeira Grande a cidade, que se celebrou hoje, no Teatro Ribeiragrandense, e contou com a presença do presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro.
Para o autarca, “é importante que o Governo seja um parceiro ativo” dos projetos do município, “a começar com o novo Plano Estratégico 2020-2030, mas sem esquecer os desafios que, infelizmente, nos últimos anos, não têm tido o devido reconhecimento por parte das entidades regionais”.
“Falo concretamente da requalificação marítima da cidade. Têm sido os diversos executivos camarários que têm colocado as verbas municipais naquele importante investimento, mas que se têm revelado insuficientes para a sua conclusão. A capacidade de um município apenas permite fazer a obra por fases, arrastando-se, por isso, demasiado no tempo”, afirmou o ex-líder do PSD/Açores.
Alexandre Gaudêncio elencou ainda “outros desafios que, por estarem na alçada regional, não podem continuar esquecidos”, como a “requalificação do Porto de Santa Iria na Ribeirinha, do caminho das Caldeiras na Matriz, a proteção da orla marítima na zona poente do concelho e as acessibilidades das freguesias a nascente”.
O seu sucessor na liderança do partido, que lidera também o Governo regional, aceitou o desafio.
“Assumo, como presidente do Governo, a responsabilidade de potenciar o evoluir legislativo, o evoluir de cooperação técnico financeira com o poder local favorável a esta descentralização”, disse José Manuel Bolieiro.
Lembrando que o primeiro orçamento do governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM afirma “a responsabilidade de colmatar uma injustiça, uma dívida da região com o poder local”, ao devolver a receita da taxa variável de IRS aos municípios, o chefe do executivo reconheceu também que “é preciso legislar e regular sobre a receita fiscal própria do poder local, no que diz respeito, no âmbito do IVA, ao IVA turístico”.
No que toca ao acesso a fundos comunitários, o Governo regional respondeu também a uma reivindicação das autarquias, tendo assegurado “mais 6,5 milhões de euros, que já foram protocolados com a Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores”, destacou.
“Fica apenas por resolver uma situação, mas que, infelizmente, não tenho possibilidade de resolver (…), que tem a ver com o pagamento do ‘top up’ ainda do programa operacional anterior (…). Esta é, infelizmente, uma herança que não possível de corrigir e de compensar”, lamentou.
Em dia de aniversário, o presidente do Governo regional manifestou ao presidente da Câmara Municipal “total disponibilidade” para perceber como pode “participar no cofinanciamento das obras” referidas.
Lusa/ DL
Há 30 novas infeções pelo vírus SARS-CoV-2 que foram detetadas nos Açores nas últimas 24 horas, anunciou hoje a Autoridade de Saúde Regional.
Segundo a entidade açoriana, os casos diagnosticados dizem respeito a um infetado na Terceira e 29 na ilha de São Miguel. Os casos positivos de covid-19 são resultantes de 1.506 análises realizadas nos laboratórios de referência da região e uma em laboratório privado não convencionado, refere o boletim diário da Autoridade de Saúde.
Na Terceira, o caso positivo refere-se a um viajante, residente na freguesia de Santa Cruz do concelho da Praia da Vitória, com análise positiva ao sexto dia.
Em São Miguel, três dos 29 casos diagnosticados são referentes a viajantes, todos com resultado positivo à chegada, sendo um não residente e dois residentes. Os restantes correspondem a transmissão comunitária.
Por concelhos, a Ribeira Grande regista sete novos casos, sendo dois na Matriz, dois na Ribeirinha, um no Pico da Pedra, um em Rabo de Peixe e um na Ribeira Seca. Vila Franca do Campo regista quatro novos casos, todos em Ponta Garça, e no concelho do Nordeste há registo de um novo caso na Vila de Nordeste. No concelho de Ponta Delgada há oito novos casos , dos quais dois na Fajã de Baixo, dois em São Pedro, dois em São Sebastião, um nas Feteiras e um no Pilar da Bretanha. No concelho da Lagoa há nove casos detetados, sendo sete em Água de Pau, um no Cabouco e um em Santa Cruz.
Também nas últimas 24 horas foram registadas 26 recuperações e à data de hoje estão internados três doentes, todos no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, com um em Unidade de Cuidados Intensivos.
No decurso da investigação epidemiológica, foi verificado que em São Miguel, um caso positivo inicialmente alocado à freguesia dos Arrifes, concelho de Ponta Delgada, se encontra a residir na freguesia de Calhetas, concelho da Ribeira Grande, pelo que os dados plasmados no quadro em anexo, espelham a referida alteração.
O arquipélago conta presentemente com 291 casos positivos ativos, sendo 281 em São Miguel, cinco no Faial, dois na Graciosa, um na Terceira, um em São Jorge e um em Santa Maria. Estão ativas no Faial, duas cadeias de transmissão local primária, uma na freguesia da Praia do Norte e outra em Castelo Branco, concelho da Horta.
Até ao presente foram extintas 203 em todas as ilhas. Em vigilância ativa estão hoje 848 pessoas.
Desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 6.340 casos positivos de covid-19, tendo recuperado da doença 5.879 pessoas. Faleceram 33, saíram do arquipélago 82 e 55 apresentaram prova de cura anterior. Até ao presente realizaram-se 572.830 análises para despiste do vírus SARS-CoV-2, que causa doença covid-19.
Desde 31 de dezembro de 2020 e até 23 de junho, foram administradas nos Açores 204.508 doses de vacina contra a covid-19, correspondentes a 114.502 pessoas com 16 ou mais anos com a primeira dose, e 90.006 pessoas com ambas as doses, no âmbito do Plano Regional de Vacinação.
DL
A Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas dos Açores distribuiu quatro embarcações semirrígidas pelas ilhas do Corvo, Santa Maria, Graciosa e São Jorge para “aumentar a capacidade de ação na preservação do ambiente e conservação da natureza”.
O secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, entregou esta terça-feira, 29 de junho, uma embarcação semirrígida ao Serviço de Ambiente da Ilha do Corvo, que deverá servir o projeto LIFE IP AZORES NATURA, “o primeiro projeto integrado aprovado em Portugal e o maior projeto de conservação da natureza de sempre nos Açores”, é referido numa nota de imprensa.
Segundo o comunicado, já foram também entregues embarcações aos serviços congéneres de Santa Maria, Graciosa e São Jorge.
Estes equipamentos “visam capacitar melhor os serviços da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas e aumentar a capacidade de ação na preservação do ambiente e conservação da natureza”, disse Alonso Miguel, citado na nota.
A entrega das embarcações dá “cumprimento ao objetivo estratégico do Governo regional de reforçar os meios operacionais à disposição dos Vigilantes da Natureza e da Inspeção Regional do Ambiente”, lê-se ainda no comunicado.
“Estas embarcações asseguram um conjunto de trabalhos prioritários no âmbito do projeto LIFE IP AZORES NATURA, nomeadamente ao nível do restauro de ‘habitats’ para as aves marinhas em ilhéus e, no âmbito da ação piloto para a prevenção da introdução, alerta precoce e resposta rápida a novas espécies de flora exóticas invasoras que possam ameaçar a conservação de espécies e ‘habitats’ protegidos pelas Diretivas Habitats e Aves”, é referido.
O LIFE IP AZORES NATURA é um programa que pretende recuperar o estado de conservação de 13 ‘habitats’ e 24 espécies protegidas pelas Diretivas Habitats e Aves.
Com uma duração de nove anos, o projeto tem um financiamento de cerca de 20 milhões de euros e é cofinanciado em 60% pela União Europeia.
Lusa/ DL
O primeiro vice-presidente do Comité das Regiões, Vasco Cordeiro, defendeu esta terça-feira, 29 de junho, o reforço da participação das autoridades locais e regionais da União Europeia (UE) na definição de políticas comunitárias.
O líder do PS/Açores, citado em nota de imprensa do partido, referiu que o “terceiro pilar da democracia europeia”, que considerou serem as autoridades regionais e locais, “a par da dimensão nacional e europeia, deve traduzir-se por um reforço da participação das autoridades locais e regionais da UE no âmbito da definição de política e de medidas” por parte de Bruxelas.
Vasco Cordeiro intervinha na conferência “O lugar das regiões na arquitetura da União Europeia”, uma iniciativa do Comité das Regiões, da Conferência das Assembleias Legislativas Regionais da Europa (CALRE) e do Governo regional dos Açores.
“Uma ideia que, a este propósito foi já avançada pelo Presidente Karl-Heinz Lambertz, foi a do Comité das Regiões poder participar nos trílogos da União, que constituem um momento essencial de concertação e conformação das políticas e medidas europeias”, acrescentou.
O ex-presidente do Governo regional apelou à adesão de mais regiões para que subscrevam a declaração, destacando as vantagens deste documento, que pode ser considerado como “fundador da aliança das regiões pela democracia europeia”.
Para Vasco Cordeiro, o “fundamento para esta declaração é a democracia”, tendo sublinhado a ideia de que as “autoridades regionais são o terceiro pilar da democracia europeia”.
Vasco Cordeiro salvaguardou que esta “não é uma questão de competências ou de poder”, mas sim de “legitimidade democrática” das autoridades locais e regionais para essa participação.
O vice-presidente do Comité das Regiões referiu que a declaração visa “reforçar o papel político das regiões ao nível europeu, não apenas na execução e implementação das políticas e das medidas europeias, mas também na definição dessas mesmas políticas” que “tenham relevância para as autoridades locais e regionais”, bem como “para as comunidades que representam, ou seja, para os cidadãos europeus”.
Lusa/ DL
O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) emitiu hoje novos avisos amarelos, devido a chuva forte, que está já no grupo central, segue para o ocidental na quarta-feira e chega ao grupo oriental na quinta-feira.
As ilhas do grupo ocidental já tinham estado sob aviso amarelo até às 12:00 (hora local, 13:00 em Lisboa) de hoje, mas o IPMA emitiu agora um novo aviso para as Flores e o Corvo que vigora entre as 00:00 e as 15:00 de quarta-feira.
No grupo central, composto pelo Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa, a chuva forte, com possibilidade de trovoada, deve terminar às 18:00 de hoje, altura em que termina o aviso amarelo em vigor.
É emitido, no entanto, um novo aviso para as cinco ilhas, entre as 06:00 de quarta-feira e as 06:00 de quinta-feira, também por causa da chuva forte, desta vez sem trovoada.
A chuva forte só chegará ao grupo oriental na quinta-feira, deixando as ilhas de São Miguel e Santa Maria em aviso amarelo entre as 00:00 e as 12:00 do dia 1 de julho.
O aviso amarelo, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, indica situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Lusa/ DL
O BE/Açores questionou hoje o Governo regional sobre o que está a ser feito para resolver os problemas informáticos do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, depois de ter sido alvo de um ciberataque.
Em requerimento entregue hoje no parlamento açoriano, o partido pergunta ao secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, “que medidas estão a ser implementadas de modo a resolver os problemas a que os sistemas informáticos do HDES [Hospital do Divino Espírito Santo] estão neste momento sujeitos”.
“No espaço de menos de um mês, o HDES registou dois momentos de graves problemas no sistema informático que provocaram fortes constrangimentos na sua atividade clínica, sendo que atualmente os problemas se prolongam há mais de uma semana”, lê-se no comunicado enviado pelo BE.
O responsável pela tutela da Saúde admitiu, na segunda-feira, que o ataque terá causado atrasos na divulgação de testes negativos à covid-19.
“A nossa preocupação foi notificar os casos positivos. Está a haver um trabalho de recuperar todos aqueles negativos que não foram notificados, por impossibilidade. Não foi por incompetência, não foi por má vontade, foi por impossibilidade de proceder a esta notificação”, afirmou Clélio Meneses.
Para o BE, “a situação provocada pelas falhas no sistema informático do Hospital do Divino Espírito Santo é muito grave” e, por isso, insiste em “saber quais as consequências para a atividade clínica do hospital e quais as entidades responsáveis pela manutenção e pela segurança dos sistemas informáticos que foram alvo de ataque”.
No requerimento redigido pelo grupo parlamentar do BE, os dois deputados questionam as causas dos “problemas informáticos que se arrastam há mais de um mês” e “que ações concretas foram realizadas após o ataque informático reportado a 31 de maio para prevenir que a situação se repetisse”.
O partido “lamenta a falta de transparência do Conselho de Administração do hospital, que, num momento em que já era do conhecimento público o adiamento de muitas consultas, as dificuldades em aceder a exames e a impossibilidade de os médicos passarem receitas, por exemplo”, insistia em afirmar que não havia “quaisquer cancelamentos ou adiamentos na atividade do hospital”.
Nesse sentido, os parlamentares querem saber quantas consultas e exames foram cancelados ou adiados e “que procedimentos e atos clínicos e administrativos ficaram prejudicados ou impedidos de serem realizados durante as falhas no sistema”.
Em 24 de junho, o Governo dos Açores informou ter sido detetada “uma tentativa de intrusão externa no sistema informático” do Hospital de Ponta Delgada, pelo que foi acionado um plano de contingência.
“Tendo sido detetada uma tentativa de intrusão externa no sistema informático do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, o Conselho de Administração informa que o mesmo está a funcionar com condicionantes, resultantes da necessidade de o defender e de repelir qualquer ação maliciosa”, lia-se na nota enviada às redações nesse dia.
Já em 31 de maio uma falha no sistema informático tinha causado atrasos nas consultas médicas.
Lusa/ DL
A líder do grupo parlamentar do CDS-PP/Açores, Catarina Cabeceiras, considerou hoje ser “fundamental” para os produtores agrícolas a regularidade do transporte de carga, visando a valorização dos seus produtos.
Na sequência de uma reunião com a direção da AGROMARIENSECOOP – Cooperativa de Produtores Agrícolas da Ilha de Santa Maria, integrada nas jornadas parlamentares do partido, subordinadas ao tema “Diversificação Agrícola”, Catarina Cabeceiras afirmou que “é fundamental para os produtores agrícolas que seja assegurada a regularidade do transporte de carga e que os seus produtos hortícolas e frutícolas cheguem ao destino em bom estado”.
“Isso é condição essencial para que se sintam motivados a produzir em maior quantidade e a diversificar o que produzem, já que a valorização destes produtos está dependente do seu grau de frescura”, declarou a centrista, citada em nota de imprensa.
De acordo com a líder parlamentar, “a diversificação agrícola tem sido defendida pelo CDS-PP desde há muito, na medida em que existe um enorme potencial na região que deve ser aproveitado para que se seja cada vez mais autossuficiente”.
Para Catarina Cabeceiras, “trata-se de uma questão de criação de oportunidades de negócio, emprego e de segurança para os Açores”.
A deputada referiu que “importa-se quase tudo o que se come, sendo importante contrariar esta tendência” através da aposta no aumento da produção de produtos hortícolas e frutícolas na região, o que terá muito impacto na economia, gerando postos de trabalho”.
A líder do grupo parlamentar do CDS-PP/Açores salvaguardou que “é necessário criar condições para que isso aconteça”, insistindo que os transportes “são o ‘calcanhar de Aquiles’ quer para os produtores agrícolas, quer para a comercialização”
“Uma rede de transportes eficaz é essencial. Foi nesse sentido que o grupo parlamentar do CDS-PP voltou a apresentar uma iniciativa para que seja feito um estudo naquilo que concerne ao modelo de transportes marítimos”, frisou a parlamentar.
Os deputados do CDS-PP reiteraram ainda que “é urgente ter um avião cargueiro a servir os Açores, para transportar os produtos com maior rapidez, quer no mercado interno, quer para o exterior da região, pois existe um enorme potencial ao nível da produção agrícola de que não se pode prescindir e que há que fomentar”.
Lusa/ DL
O presidente do Governo regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse hoje que a integração europeia não se pode fazer a “expensas” das regiões europeias, tendo-se manifestado contra uma “recentralização do poder”.
“Importa garantir que o cumprimento da integração europeia não se faça a expensas” destes territórios “nem se traduza numa nova recentralização do poder”, disse José Manuel Bolieiro, que falava, por via digital, no arranque de mais uma sessão do Comité das Regiões, organismo representativo do poder regional e local da União Europeia (UE).
Numa sessão em que foi analisado o papel das regiões no contexto da Conferência sobre o Futuro da Europa, o líder do executivo açoriano referiu que “o princípio da subsidiariedade é claro”, sendo que a “vocação europeia e o compromisso com a UE exigem que sejam disponibilizadas vias concretas e eficazes de participação direta e indireta no processo de tomada de decisão”.
José Manuel Bolieiro defendeu que “é obrigação [das regiões europeias] promover uma aliança, independentemente das suas competências no seio dos respetivos Estados”.
O governante reiterou o apelo à UE para que seja aproveitada a “janela de oportunidade em que a Conferência sobre o Futuro da Europa se poderá traduzir para as regiões e para a identificação dos lugares na arquitetura institucional da União”.
As regiões europeias adotaram hoje, na sua sessão plenária, a declaração sobre “O lugar das regiões na arquitetura da União Europeia – tendo em vista a Conferência sobre o Futuro da Europa”.
O Comité das Regiões é um órgão consultivo que representa as autoridades locais e regionais europeias de 27 Estados-membros.
Os seus membros são representantes eleitos de autoridades regionais e locais, que são nomeados para um mandato de cinco anos pelo Conselho Europeu, sob proposta do respetivo país, sendo o representante da Região Autónoma dos Açores o seu presidente do Governo regional.
José Manuel Bolieiro preside atualmente à Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas da UE, que integra os Açores e Madeira.
Lusa/ DL