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Museu da Emigração Açoriana celebra 11.º aniversário na próxima sexta-feira

Museu Emigração Ribeira Grande Açores

O Museu da Emigração Açoriana, inaugurado a 9 de setembro de 2005, comemora na próxima sexta-feira o 11.º aniversário, efeméride que será assinalada ao longo do dia com um conjunto de atividades. Neste dia, a entrada no local será gratuita.

Estará patente uma exposição comemorativa da emigração para o Canadá que recorda as vivências da altura, oportunidade para os locais e os muitos emigrantes que se encontram de férias na Ribeira Grande recordarem tempos idos.

O Museu da Emigração Açoriana está a trabalhar com outros arquivos municipais com o propósito de disponibilizar também documentação de emigrantes de outros concelhos. O objetivo primeiro passa por ter até ao final de março de 2017 documentos relativos ao concelho de Ponta Delgada.

Recorde-se que o Museu da Emigração Açoriana já disponibiliza no novo site – www.museuemigracao.cm-ribeiragrande.pt – mais de 17 mil documentos (fichas de emigrantes, requerimentos do século XIX e jornais) relativos aos emigrantes oriundos da Ribeira Grande.

Muito do espólio que pode ser visitado no Museu da Emigração Açoriana foi doado por Mota Amaral, Graça Castanho, Al Ferreira, Afonso Maria Tavares, Manuel Rodrigues, José Couto, Francisco Andrade, Clarêncio de Melo, Manuel Estrela e Edgar Rebelo.

O Museu da Emigração Açoriana surgiu há dez anos impulsionado por José Carlos Teixeira, Manuel Estrela, João Luís Pacheco, José de Mello, António Pedro Costa e Mota Amaral.

Conta com diversas parcerias públicas onde se destacam as direções regionais das Comunidades e da Juventude, as universidades dos Açores e de Darthmouth, as associações de emigrantes e imigrantes dos Açores e a SATA.

DL/CMRG

CDS quer mais terapeutas da fala nas unidades de saúde de ilha

CDS Ana ESPINOLA SET16

A proposta do CDS-PP Açores que recomenda ao Governo “que reforce os quadros de pessoal das Unidades de Saúde de Ilha do Serviço Regional de Saúde com terapeutas da fala, dentro das possibilidades orçamentais, e podendo definir a partilha de serviços” foi aprovada, por unanimidade, esta terça-feira, no último plenário da presente Legislatura.

O Grupo Parlamentar popular “entende ser urgente resolver mais esta limitação no acesso à prestação de cuidados de saúde na Região, até no espírito, tão defendido pelo Governo Regional socialista, de uma sociedade inclusiva”, disse a Deputada Ana Espínola na apresentação do diploma.

Assim, prosseguiu, esta recomendação ao Governo pretende ver reforçados os quadros da Unidade de Saúde de São Miguel, nomeadamente nos Centros de Saúde de Vila Franca do Campo, do Nordeste, da Lagoa e de Ponta Delgada; na Unidade de Saúde da Ilha Terceira, nomeadamente nos Centros de Saúde da Praia da Vitoria e de Angra do Heroísmo; e nas Unidades de Saúde da Graciosa, São Jorge, Faial e Corvo.

Para Ana Espínola “só com uma boa rede de cuidados primários de saúde se pode melhorar o Sistema Regional de Saúde e prestar melhores cuidados aos Açorianos”, defendendo que “esta medida proporcionará, desde logo, um despiste precoce de problemas de saúde que podem trazer consequências negativas para muitos cidadãos açorianos ao longo da sua vida, nomeadamente ao nível social”.

Para além disso, acentuou, “reforçar os cuidados primários de saúde é investir na prevenção da saúde e, como o CDS, sempre disse, prevenir custa infinitamente menos do que cura”.

A Deputada democrata-cristã frisou que, “nos Açores é crescente o número de relatos sobre a incapacidade do Serviço Regional de Saúde para satisfazer as necessidades dos Açorianos relativamente à terapia da fala, facto sobremaneira agravado com a implementação do novo regime de reembolsos, pois, muitas famílias que recorriam a serviços privados de terapia da fala viram-se impossibilitados de continuar a usufruir desses serviços, por se tornar incomportável para os seus orçamentos familiares”.

Ana Espínola fez ainda o levantamento e concluiu que na Região “os profissionais de terapia da fala no Serviço Regional de Saúde são manifestamente insuficientes para as necessidades identificadas”, salientando que: “Cinco terapeutas da fala nas unidades de saúde da Ilha de São Miguel são insuficientes; Na Unidade de Saúde da Ilha Graciosa o único terapeuta da fala não tem vínculo profissional, encontrando-se a realizar um estágio profissional; A Unidade de Saúde da Ilha das Flores ainda não tem no seu quadro de pessoal um terapeuta da fala, recorrendo a prestação de serviços; No Hospital da Horta dos dois terapeutas da fala, um encontra-se a realizar um estágio profissional; As Unidades de Saúde do Corvo, do Faial e da Terceira não têm terapeutas da fala nos seus quadros, pelo que os utentes destas unidades vêm-se discriminados no acesso a este serviço de saúde”.

O Governo e a maioria socialista reconheceram a pertinência da proposta do CDS e a mesma acabou aprovada por unanimidade.

DL/CDS

Pescadores açorianos podem iniciar venda direta de pescado em cinco locais selecionados

Peixe_Lotaçor@

A Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, após audição dos parceiros do setor, decidiu implementar nos Açores a venda direta de pescado pelo pescador ao consumidor final.

Uma portaria publicada em Jornal Oficial estabelece as normas que regulam a autorização de venda de pescado fresco em cinco locais selecionados, nomeadamente os postos de recolha da Ribeira Quente, Mosteiros e Porto Formoso, em São Miguel, dos Biscoitos, na ilha Terceira, e da Caldeira de Santo Cristo, em São Jorge.

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia salientou que esta medida permite “envolver mais os pescadores no circuito de comercialização, criando mais rendimento na primeira venda”.

A venda direta, que está limitada ao máximo de 30 quilos por dia, com um máximo de 150 quilos por semana, poderá ser realizada pelos armadores titulares de licença de pesca válida para o exercício da atividade com o auxílio de embarcação e pelos apanhadores licenciados, sendo que o pescado vendido em sistema de venda direta apenas pode ser adquirido pelo consumidor final.

Cabe à Direção Regional das Pescas emitir a autorização para realizar venda direta, que será válida durante o ano civil em que é concedida.

Na portaria publicada hoje fica estabelecido que o preço mínimo de venda do pescado na venda direta não pode ser inferior ao preço médio de venda em lota, na respetiva ilha e da respetiva espécie, nas duas semanas anteriores, conforme informação que será afixada semanalmente no local da venda pela entidade gestora das lotas.

O produto da venda direta, quando vendido pelo armador, é sempre repartido, a título de retribuição em espécie, pela companha dessa embarcação, após deduzidos os valores da taxa de lota, segurança social e IVA.

Esta portaria surge na sequência da publicação, a 22 de julho, do Decreto Legislativo Regional que regulamenta a primeira venda de pescado fresco na Região Autónoma dos Açores.

DL/Gacs

Novo regime jurídico dos museus dos Açores permite uma política “mais eficaz”

ALRAA Avelino Menezes cultura Açores

O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou que o decreto legislativo regional aprovado terça-feira pela Assembleia Legislativa permitirá, em matéria cultural, uma “política mais eficaz”, tendo em vista “a sua valorização”.

Avelino Meneses, que falava na Assembleia Legislativa dos Açores, durante o debate sobre o regime jurídico dos museus nos Açores, defendeu que a proposta apresentada pelo Governo tem em consideração “a natureza e as caraterísticas arquipelágicas”.

A iniciativa, que foi aprovada por maioria, “consorcia” numa mesma estrutura, de acordo com o titular da pasta da Cultura, “os museus regionais e de ilha e também os parques arqueológicos, os sítios de interesse subaquático e uma quantidade de pequenas unidades de caráter museológico, beneficiárias ou não de apoio institucional”.

Tendo em vista uma “atuação em rede”, como é preconizado internacionalmente, é criada a Rede de Museus e Coleções Visitáveis dos Açores, constituindo as coleções visitáveis uma nova realidade na museologia portuguesa, frisou.

Avelino Meneses assegurou que esta Rede respeita, na sua lógica de atuação, a “idiossincrasia” de cada instituição e “estimula a cooperação” entre todas elas, pelo que todos os museus e coleções “cumprem pressupostos e critérios técnicos” com vista a evitar “a proliferação de estruturas redundantes sem qualificação para o serviço público”.

Além disso, frisou o Secretário Regional, a entrada na Rede faz-se por decisão da própria Rede e não por decisão governamental, mediante o desenvolvimento de um processo próprio de credenciação.

Na sua intervenção, Avelino Meneses enfatizou o trabalho desenvolvido nos últimos anos nos Açores neste setor, nomeadamente na criação de uma unidade museológica em cada uma das ilhas, no “refrescar” das diversas museografias para que correspondam às expetativas e “anseios” dos diversos públicos, bem como na alteração dos horários de funcionamento destes espaços culturais.

DL/Gacs

Estudo confirma “potencial positivo” da Parceria Transatlântica para os Açores

Rodrigo Oliveira - parceria transatlantica

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas afirmou que o estudo sobre o impacto da economia dos Açores da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) entre a UE e os EUA, divulgado em Ponta Delgada e realizado especificamente para o arquipélago, confirma o “potencial positivo” que esta parceria pode trazer para a Região, sendo um importante instrumento para preparar a resposta aos desafios que serão colocados.

Rodrigo Oliveira salientou que “o Governo dos Açores encara a Parceria Transatlântica como uma real oportunidade para os empresários e para a Região, que poderão encontrar, a médio prazo, uma conjuntura favorável para aliar às relações históricas, culturais e institucionais com os EUA e à posição geoestratégica da Região, o reforço, efetivo e crescente, da componente comercial e de serviços da Região”.

Na sua intervenção, Rodrigo Oliveira frisou, no entanto, que estão ainda em aberto algumas questões essenciais neste processo negocial e que “muito interessam” aos Açores, como “as indicações geográficas e vinhos ou as questões sanitárias e fitossanitárias”.

No quadro das negociações desta Parceria, Rodrigo Oliveira reafirmou como “pontos fundamentais da posição dos Açores” a defesa da produção regional, através da salvaguarda das denominações e indicações regionais protegidas, de modo a garantir o respeito pela autenticidade dos produtos açorianos exportados, mas também o facto de serem aplicadas nos EUA normas de bem-estar animal e de requisitos ambientais menos exigentes do que na UE.

O Subsecretário Regional defendeu a importância da realização de um estudo específico sobre o impacto da TTIP nos Açores, como este que foi agora realizado pelo Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico, da Universidade dos Açores, com o patrocínio do Governo dos Açores e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, referindo que, “numa perspetiva de médio prazo, em 2030, todos os cenários apontam para impactos positivos ao nível do PIB da Região e com tendência para aumentar com o tempo”.

O crescimento do PIB e do consumo privado, a criação de emprego e a melhoria do saldo do comércio externo são alguns dos impactos apontados no estudo hoje apresentado.

Para Rodrigo Oliveira, “este potencial de exportação será ainda beneficiado, em grande medida e de modo mais direto, pela redução ou eliminação dos direitos aduaneiros que, por exemplo, no caso de exportação de lacticínios, podem chegar aos 139% e, no caso das bebidas, aos 22/23%”.

Nesta intervenção, o Subsecretário Regional recordou ainda o trabalho que tem sido desenvolvido pelo Executivo na promoção de produtos regionais no mercado norte-americano tendo em vista “fomentar o alargamento da base económica de exportação dos Açores”, apontando iniciativas como a participação em feiras, a organização de missões empresariais e diversas ações de promoção, além de iniciativas dirigidas especificamente às comunidades emigradas, como o 1.º Encontro de Empresários da Diáspora nos Açores.

DL/Gacs

“Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental trará melhoria efetiva para estes pacientes”

Renata Botelho PS debate alra set16

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista destacou, esta terça-feira, que a criação da Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental trará uma “melhoria efetiva no apoio que é dado a estes doentes”.

A posição foi defendida, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, pela deputada Renata Correia Botelho.

“Com a aprovação desde diploma haverá uma melhoria efetiva, no terreno, dos cuidados prestados em saúde mental. Na prática serão mais comunitários, numa lógica menos biomédica e conferirão maior dignidade à pessoa portadora de doença mental, combatendo o estigma que permanece na nossa sociedade”, explica a deputada Socialista.

Segundo Renata Correia Botelho, o trabalho desenvolvido com estes doentes passará de “um paradigma de institucionalização para um paradigma de reabilitação, de cuidados em ambulatório e interdisciplinar, com o enfoque no utente, na família e na sociedade”.

Renata Correia Botelho destacou, ainda, que esta nova rede permitirá vários tipos de respostas, “de acordo com uma avaliação personalizada”.

DL/PS

Contratos de trabalho na pesca são uma prioridade para o Governo dos Açores

Fausto Brito Abreu secretario Mar Ciencia Tecnologia debate ALRAA nov15-

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou, na Horta, que a implementação dos contratos de trabalho nas pescas “é uma das prioridades do Governo dos Açores para o setor”, salientando que “têm sido realizadas sessões de esclarecimento em várias ilhas com pescadores e armadores”.

Fausto Brito e Abreu referiu, nesse sentido, a Campanha de Sensibilização para Melhoria das Condições de Trabalho na Pesca, promovida pela Secretaria Regional do Mar, em colaboração com o Instituto de Segurança Social dos Açores, acrescentando que foram realizadas ações nas ilhas de São Miguel, Faial, Terceira e Pico, estando agendada para a próxima semana uma ação na ilha das Flores.

O Secretário Regional do Mar, que falava na Assembleia Legislativa durante um debate sobre a situação do setor da pesca, revelou que este “é um trabalho gradual que está a dar bons resultados”, salientando que “o Governo Regional está também a estudar a possibilidade da celebração de acordos coletivos de trabalho, junto da Federação das Pescas dos Açores”, que poderão funcionar como um contrato coletivo, estendendo aos pescadores os mesmos benefícios de um contrato de trabalho.

Brito e Abreu afirmou ainda que o Governo dos Açores, durante esta legislatura, investiu na formação dos profissionais do setor através da realização em todas as ilhas de cursos de pescador ou de arrais de pesca.

No debate parlamentar, o titular da pasta das Pescas fez um balanço da ação do Executivo açoriano nos últimos quatro anos, sustentando que “hoje o setor das pescas estaria pior sem a ação do Governo dos Açores”.

Nesse sentido, recordou que, durante as negociações sobre o corte da quota do goraz, em 2014, foi o esforço do Governo dos Açores que permitiu que a quota em 2015 fosse de 678 toneladas, em vez de 600 toneladas, como proposto pela Comissão Europeia, e que, em 2016, fosse de 507 toneladas, quando a proposta da Comissão Europeia era de 392 toneladas.

Brito e Abreu salientou ainda que, se não se tivesse implementado um período de defeso, de 15 de janeiro a 29 de fevereiro, na pesca do goraz, uma das espécies de maior valor comercial, a Região teria esgotado a quota disponível na maior parte das ilhas quando o preço do goraz era mais baixo.

O governante salientou ainda a “atribuição mais criteriosa de autorizações de embarque”, evitando que existissem “muitos mais pescadores a dividir os parcos rendimentos que existem hoje”, bem como “o reforço fiscalização e a criação áreas marinhas protegidas”.

Questionado sobre o motivo pelo qual o Governo dos Açores não compensou os pescadores pela paragem na pesca de goraz, Brito e Abreu defendeu que “não é legalmente possível a não ser que seja identificada uma situação de extrema urgência de delapidação de recursos”, o que não o que se verifica com esta espécie.

Confrontado com uma alegada falta de dados científicos sobre o estado dos recursos piscícolas no Mar dos Açores, Brito e Abreu apontou o Plano Nacional de Recolhas de Dados, financiado pela Direção Regional das Pescas, bem como o Cruzeiro de Demersais, que se realiza há duas décadas, referindo vários protocolos firmados com o Departamento de Oceanografia e Pescas para acompanhamento das pescas.

O governante frisou ainda que o Executivo açoriano irá trabalhar para que a Comissão Europeia e organizações não governamentais internacionais reconheçam a pesca de atum com arte de salto e vara como uma pesca amiga do ambiente, merecedora de uma descriminação positiva nas Regiões Ultraperiféricas.

DL/Gacs

Rede de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental vai mudar paradigma no acompanhamento dos doentes

Luis Cabral saude Açores pelnario set16

O Secretário Regional da Saúde salientou, na Horta, a “grande importância” que assume a criação da Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental (RRCCISM), aprovada na Assembleia Legislativa, frisando que vai “mudar o paradigma do acompanhamento dos doentes de saúde mental nos Açores”.

Luís Cabral afirmou que a criação desta Rede visa “o acompanhamento dos doentes com o rigor e a qualidade necessários à sua condição, indo de encontro às evidências científicas nesta área”.

A RRCCISM, segundo o titular da pasta da Saúde, é um projeto que visa “potenciar o trabalho em rede, baseado no saber e na prática de equipas multidisciplinares”.

A Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental constitui um compromisso assumido no Plano de Ação para a Reestruturação do Serviço Regional de Saúde, pretendendo “transformar o conceito de contratualização de camas de internamento no conceito de contratualização da promoção da integração dos utentes na sociedade”.

A iniciativa legislativa hoje aprovada no Parlamento regional surge na sequência de um trabalho desenvolvido em consenso pela Comissão Regional de Acompanhamento e Avaliação dos Serviços de Saúde Mental, composta por elementos das especialidades de Psiquiatria e Psicologia Clínica em diversas áreas de referência e em representação dos serviços com competência na matéria.

Atualmente, existem nos Açores 13 psiquiatras e 41 enfermeiros especialistas em saúde mental.

À semelhança do que acontece com a Rede Regional de Cuidados Continuados, será criada uma equipa de coordenação permanente, que ficará responsável por gerir as admissões e as altas das unidades da rede, bem como definir as necessidades de parcerias para cada uma das valências.

Os objetivos desta legislação são, principalmente, diferenciar o tipo de apoio e o respetivo financiamento, “passando de um modelo de internamento para um modelo mais de ambulatório, assim como investir na reabilitação em detrimento da manutenção, para que os utentes tenham uma integração em comunidade”, acrescentou Luís Cabral.

Este é um passo importante que o Governo Regional pretende dar ainda nesta legislatura para que sejam realizadas as negociações necessárias com os parceiros sociais, no sentido desta rede de proximidade poder estar implementada em pleno já em 2017.

DL/Gacs

Reabertura da pesca de alfonsim é boa notícia para pescadores açorianos

Fausto-Brito-Abreu-governo-Açores

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia anunciou a reabertura da pescaria de alfonsim, através de uma alteração à portaria que gere a quota dos ‘Beryx’ publicada hoje em Diário da República, salientando que esta medida, que já tinha sido proposta à Secretaria de Estado do Mar pelo Governo dos Açores, “é uma boa notícia para a pesca” no arquipélago.

Fausto Brito e Abreu, que falava na Assembleia Legislativa durante um debate sobre a situação do setor da pesca, frisou que o Executivo açoriano “tem exercido influência junto do Governo da República, da Comissão Europeia, bem como de outros estados membros com assento no Conselho das Pescas para defender ao máximo o interesse dos Açores”.

O Secretário Regional defendeu que, para “resolver a crise que o setor das pescas enfrenta”, é necessário “diagnosticar corretamente” a sua origem, tendo apontado “causas conjunturais” como aquelas que “maior impacto estão a ter neste momento nos rendimentos do setor e que carecem de ação mais imediata”.

Nesse sentido, salientou como causas conjunturais “o impacto de três anos consecutivos de má safra de atum, os dois cortes consecutivos de 25% na quota do goraz, bem como o atraso da operacionalização, em Bruxelas, do POSEI Pescas, que não permitiu efetuar pagamentos aos pescadores em 2014 e em 2015”.

Brito e Abreu identificou também “causas estruturais, que carecem de medidas de longo prazo”, designadamente “a dimensão da frota açoriana e o esforço de pesca face aos recursos disponíveis ou a forma que a riqueza é tradicionalmente distribuída ao longo da cadeia de valor da pesca”.

Na sua intervenção, o governante referiu que as causas conjunturais são as que menos dependem de medidas administrativas ou políticas dos órgãos de governo da Região, afirmando que a ausência de atum no mar dos Açores “não se resolve por decreto” e que “o corte da quota do goraz, bem como o atraso do POSEI-Pescas, foram decisões da Comissão Europeia, do Conselho das Pescas da União Europeia às quais o Governo Regional e o Estado Português se opuseram”.

O titular da pasta das Pescas lembrou que, “para fomentar a transformação necessária no setor e para fazer face aos desafios estruturais”, o Governo dos Açores elaborou, no ano passado, “em colaboração com o setor” o documento ‘Melhor Pesca, Mais Rendimento’, que congrega 22 medidas organizadas em cinco eixos estratégicos.

Brito e Abreu referiu ainda que, recentemente foi criado um Grupo de Trabalho, designado pelo Presidente do Governo dos Açores, “para propor uma restruturação de longo prazo do setor, com vista a adequar a frota aos recursos marinhos disponíveis”.

Com o objetivo de aumentar os rendimentos no setor, o Secretário Regional defendeu a necessidade de “baixar custos e aumentar receitas”, apontando, nesse sentido, os investimentos “na operacionalidade e na segurança dos portos de pesca, nos seus equipamentos e em casas de aprestos para que as operações nas pescas sejam mais rápidas e eficientes”.

Para aumentar as receitas do setor, o Secretário Regional do Mar destacou ainda os investimentos na rede de frio, “com vista a valorizar cada vez mais o pescado”, bem como a aposta em máquinas de gelo, na requalificação das lotas e em novos entrepostos frigoríficos.

A promoção do pescado açoriano em feiras internacionais e a realização de campanhas internas para a valorização de espécies de baixo valor comercial mas com elevado valor nutricional foram outras medidas destacadas.

DL/Gacs

Programa “Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso” assume cada vez mais relevância nas escolas dos Açores

Pilar Damião Direção Regional Juventude Açores

A Diretora Regional da Juventude destacou o aumento significativo da participação de docentes do 1.º Ciclo (46%) e do ensino profissional (42%) na sexta edição do programa ‘Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso’.

Pilar Damião salientou que este crescimento “vai ao encontro do objetivo do Governo dos Açores de consolidar este projeto em todos os graus do ensino obrigatório, assegurando que os conceitos, as atitudes e as práticas empreendedoras se tornem numa maneira de pensar e de agir dos jovens açorianos e os ajudem a tomar iniciativas nas áreas social, cultural, ambiental ou empresarial”.

A Diretora Regional, que falava na abertura da formação inicial de professores no âmbito deste projeto, adiantou que esta edição conta com a participação de 144 professores, mais 91 do que na primeira edição do programa.

Relativamente aos alunos envolvidos, aumentaram de 1.040 na primeira edição para 3.700, chegando este programa a 62 escolas da Região.

Pilar Damião recordou que o programa ‘Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso’ surgiu como “um desafio aos jovens, aos professores e às escolas, antecipando-se, assim, à Comissão Europeia que, desde 2014, tem vindo a realçar a importância do empreendedorismo ser incluído nos vários níveis de ensino”.

Para a Diretora Regional da Juventude, desafiar os jovens para que desenvolvam uma atitude empreendedora, associada à inovação, à tecnologia, à qualidade, à criatividade, à informação e à organização, tornou-se central na criação de gerações mais argutas.

Nesse sentido, Pilar Damião salientou que, contando com os participantes na edição deste ano, “podemos afirmar, com orgulho, que 260 professores receberam formação especializada em educação para o empreendedorismo, através da frequência de formação acreditada, e aplicaram o pacote formativo a cerca de 650 turmas”.

O programa ‘Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso’ é uma iniciativa do Governo dos Açores, através das direções regionais da Juventude e da Educação, em colaboração com a Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA).

DL/Gacs